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Saint-Étienne condenado a pagar indemnização milionária a Stéphane Ruffier

AFP
Stéphane Ruffier com as cores do Saint-Étienne em 2019.
Stéphane Ruffier com as cores do Saint-Étienne em 2019.AFP
O Tribunal do Trabalho de Saint-Étienne considerou infundada a rescisão do contrato de trabalho do antigo guarda-redes Stéphane Ruffier por "falta grave" e condenou o clube gaulês a pagar-lhe uma indemnização superior a 850 mil euros, soube a AFP esta segunda-feira.

Esta indemnização inclui 609 mil euros que Saint-Etienne foi condenado a pagar ao seu antigo guarda-redes pela "rescisão antecipada do contrato a termo". Este montante sobe para pouco mais de 850.000 euros, incluindo uma indemnização pela "sanção disciplinar desproporcionada" que lhe foi imposta, bem como uma compensação pelas "dispensas canceladas" no segundo semestre de 2020 e pelo subsídio de férias.

O guarda-redes internacional (3 internacionalizações) foi despedido no final de 2020, seis meses antes do fim do seu contrato, na sequência de advertências e medidas disciplinares por alegada insubordinação. Na altura, Ruffier era o guarda-redes do Saint-Étienne na Ligue 1 há quase uma década (383 jogos disputados).

"Trata-se de uma excelente decisão que reconhece a desproporção das sanções disciplinares e o despedimento sem fundamento por falta grave", declarou à AFP o advogado do jogador.

Os números de Ruffier
Os números de RuffierFlashscore

Durante a audiência, Dorothée Bisaccia-Bernstein denunciou a vontade da entidade patronal de "isolar" Ruffier até à rescisão do seu contrato de trabalho. Exigiu uma indemnização total de mais de 7 milhões de euros.

A advogada referiu-se a um "longo período de assédio moral por parte do treinador Claude Puel e do diretor-geral Xavier Thuilot, que tinham por missão reduzir a massa salarial e despedir os jogadores mais caros".

Na sua opinião, Stéphane Ruffier foi objeto de "um trabalho de demolição", de "uma campanha de desvalorização" e "acabou por abandonar o futebol".

"O clube tomou nota da decisão do tribunal do trabalho e aguarda a notificação para decidir o que fazer", declarou à AFP o consultor jurídico do Saint-Étienne.

Olivier Martin, advogado do clube, tinha respondido na audiência acusando o guarda-redes, várias vezes eleito "melhor guarda-redes da Ligue 1", de abusar do seu estatuto de preferido dos adeptos. Falou de "comportamento refratário em total oposição às diretivas do treinador a partir de fevereiro de 2020", afirmando que chegou "deliberadamente atrasado ao treino para mostrar quem (...) manda".

"Foi Stéphane Ruffier que desencadeou a polémica com uma campanha de imprensa conduzida pelo seu agente Patrick Glanz com o objetivo de denegrir o Saint-Éttiene. Porque, do alto do seu enorme ego, não suportava ser suplente durante um jogo", afirmou.