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Sakkari tremeu e visou os festejos da adversária antes de vencer no Open da Austrália

AFP, Pedro Fernandes
Maria Sakkari teve de lutar muito para levar a melhor sobre Diana Shnaider
Maria Sakkari teve de lutar muito para levar a melhor sobre Diana ShnaiderProfimedia
Jogo de nervos para Maria Sakkari, que sofreu bastante para ultrapassar a estudante universitária Diana Shnaider na segunda ronda do Open da Austrália, num encontro que pensou que "ia perder" e durante o qual condenou os festejos da adversária.

A tenista grega, sexta colocada do ranking WTA, conseguiu evitar uma derrota que seria surpreendente, batendo a jovem russa por 3-6, 7-5 e 6-3 para alcançar a próxima ronda da prova.

Shnaider, uma qualifier de apenas 18 anos, estudante na universidade de North Carolina State, deu muito boa réplica a Sakkari, obrigando-a a uma batalha de duas horas e 33 minutos no Margaret Court Arena.

"Foi extremamente difícil. Houve momentos em que achei que ia perder, mas a minha crença acordou-me", explicou a jogadora mais cotada.

A jovem russa quebrou o jogo de serviço inicial da adversária e mostrou muita vontade, salvando três break points antes de garantir o primeiro parcial ao quinto ponto de set de que dispôs.

"No primeiro set senti isso (que ia perder), porque não consegui encontrar o meu jogo. Estava muito defensiva, algo que não sentia há muito tempo. Mas, depois, encontrei o meu caminho, talvez por ter trabalhado tantas horas para isto", revelou Sakkari.

A grega conseguiu quebrar também o primeiro jogo de serviço da oponente no segundo parcial, alcançando desde logo uma vantagem de 3-0. Contudo, Shnaider demonstrou muita garra, tendo salvado quatro pontos de set antes de ceder, com o encontro a ser levado para o terceiro e decisivo parcial.

Gritos nos festejos causaram discórdia

"Nunca é fácil jogar contra alguém que nunca defrontámos, que nunca vimos no circuito", vincou Sakkari, que procura na Austrália o seu primeiro título Grand Slam.

"Estava um bocado hesitante, ela estava a jogar de forma muito agressiva", acrescentou a tenista grega, que se mostrou irritada com as comemorações contínuas da russa em alguns pontos.

"Durante o jogo, podemos ficar muito animadas. Mas a forma como algumas jogadoras festejam os seus pontos não é apropriada. Eu não estava contente com isso. Mas ela não voltou a fazê-lo e isso foi muito bom da parte dela", justificou.

Na decisão, Sakkari quebrou o serviço da adversária para 4-2, já depois de uma perda de pancada para cada lado, e não voltou a perder o controlo da partida, resgatando um difícil triunfo.

Apesar da derrota, esta foi uma das melhores exibiçoes de Shnaider, que mereceu elogios da favorita grega.

"Acho que jogou de forma fantástica. A potência que tem na direita e no serviço é algo que não via há muito numa jovem jogadora. Talvez deva considerar não voltar à universidade e jogar o circuito profissional", destacou Sakkari, que defrontará a chinesa Zhu Lin na terceira ronda do Open da Austrália.