Secretário de Estado diz que imprevisibilidade é o que torna atrativo o desporto
“Portugal tem estado na linha da frente no combate à manipulação de resultados e penso que foi o segundo país a aderir à Convenção Macolin”, disse Pedro Dias, na abertura do Conselho da Europa sobre a Manipulação de Competições Desportivas, no Porto.
O secretário de Estado realçou que “este envolvimento dos governos é um momento importante, pois todos estão comprometidos com algo que é determinante para que o desporto não perca aquilo que é o seu maior ativo, que é a imprevisibilidade dos resultados nos jogos”.
“Tendo isto em consideração, é um ponto de partida e de chegada, ou seja este é um ativo que o desporto não pode, de forma alguma, perder e tudo tentaremos fazer para que assim seja. É disto que estamos a falar”, reconheceu o governante.
Os representantes dos ministérios europeus do Desporto vão debater no Edifício da Alfândega, no Porto, alguns temas da atualidade, no âmbito da Convenção Macolin, como a manipulação de resultados, apostas ilegais, corrupção, boa governança e transparência.
A reflexão irá incidir sobre vários aspetos no combate a este flagelo, abordando áreas como prevenção, educação, investigação, análise e sanções, e apela à necessidade de cooperação internacional e à criação de sinergias para a sua minimização.
“O Conselho da Europa tem com as organizações internacionais da tutela das modalidades um conjunto de boas práticas, que estão definidas neste tema em particular. No que diz respeito à boa governança é algo que não é exclusivo de um país, mas da totalidade”, afirmou.
Ainda de acordo com Pedro Dias, “o desporto tem evoluído muito e dentro deste enquadramento é necessário articular, de uma forma concertada, um conjunto de medidas que ajudem o desporto a entrar no caminho certo”.