O inquérito contra o secretário da Confederação Africana de Futebol (CAF), que tem dupla nacionalidade congolesa e suíça, foi aberto no cantão ocidental de Friburgo.
Numa declaração na rede social X, o secretário-geral da organização sediada no Cairo (Egito) garante que as transferências bancárias sob investigação são "legítimas e rastreáveis", que foram feitas "com toda a transparência" e que correspondem a "salários e bónus" que recebeu da CAF desde que assumiu funções.
O nome de Mosengo-Omba, apresentado nos meios de comunicação social suíços como sendo próximo do presidente da FIFA, Gianni Infantino, foi divulgado na quarta-feira pelo meio de investigação Gotham City. O portal especializado em crimes financeiros e criminalidade económica baseia-se numa decisão do Tribunal Penal Federal proferida a 13 de setembro.
A identidade da pessoa incriminada não aparece, mas foi nomeada secretário-geral de uma organização com sede no Egito.
Presidida pelo sul-africano Patrice Motsepte, a Confederação Africana de Futebol, que reúne 54 federações nacionais, está a lutar para melhorar a sua imagem, manchada por múltiplas suspeitas de corrupção. O seu anterior presidente, Ahmad Ahmad, foi suspenso em 2020 por desvio de fundos.
O jornal Le Temps noticiou na quinta-feira que Mosengo-Omba fugiu da República Democrática do Congo em 1980 e estudou direito na Universidade de Friburgo ao lado de Gianni Infantino, e os dois tornaram-se amigos.