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Selecionador do Catar lamenta "desinformação" sobre direitos humanos no Mundial-2022

Sánchez abordou ainda o encontro inaugural do Mundial-2022 com o Equador
Sánchez abordou ainda o encontro inaugural do Mundial-2022 com o EquadorEPA
O selecionador de futebol do Catar, o espanhol Félix Sanchez, lamentou este sábado a "desinformação" em torno dos direitos dos trabalhadores migrantes no país, mas considerou "trágicas" as mortes de trabalhadores durante as obras para o Mundial-2022.

"É um assunto que tem sido muito comentado, mas, na minha opinião, há muita desinformação e uma abordagem desproporcional da realidade", disse o técnico, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Equador, que marcará no domingo o arranque do Mundial-2022.

Félix Sanchez considerou que "a perda de uma vida humana num acidente de trabalho é sempre algo trágico, no Catar, ou em qualquer outra parte do mundo", e manifestou o desejo de que o Mundial possa "garantir uma melhoria das condições de vida de quem não as tem, em todo o mundo".

As autoridades do Qatar têm sido criticadas por violarem os direitos humanos dos trabalhadores migrantes, com organizações não-governamentais a apontarem para milhares de mortes na construção das infraestruturas em que assenta o Mundial-2022, que arranca no domingo.

A preparação para a estreia do país em fases finais do Campeonato do Mundo fez com que os jogadores, todos eles participantes na Liga doméstica, passassem várias semanas longe das famílias e o selecionador elogiou o empenho em melhorar como equipa, antes do jogo de domingo contra o Equador, do Grupo A, que abre a competição.

"Obviamente, fizemos tudo nos últimos três anos para ter uma equipa muito competitiva no Campeonato do Mundo. A situação de cada país é diferente e nós somos um país pequeno", revelou.

"Todos os nossos jogadores jogam na liga local, por isso decidimos que uma das formas de fortalecer a equipa nacional era... fazer grandes sacrifícios e passar longos períodos no estrangeiro. Isto mostra o empenho dos nossos jogadores. Todo o tempo passado no estrangeiro a treinar e a competir é para amanhã (domingo), 20 de Novembro, para que possamos começar bem a competição", vincou.

"Após tantos anos, este é o fim de um ciclo - 16 anos de trabalho neste país. Tenho estado num projecto, a crescer e a seguir os passos dos jogadores da equipa nacional", disse Sanchez. É uma enorme fonte de orgulho. Vou tentar aproveitar o momento", prosseguiu.

Mas Sánchez sabe que os seus adversários no grupo (Equador, Senegal e Países Baixos) não vão facilitar e tem relativizado as expectativas antes da estreia no Campeonato do Mundo.

"Sabemos que são três jogos (de grupo), conhecemos o potencial dos nossos adversários. São seleções que, devido à sua história e talento individual, estão à nossa frente", disse.

"Teoricamente, eles deveriam conseguir os três pontos, talvez eles contem ganhar os três pontos. Mas nós estamos aqui para mostrar que podemos ser uma equipa competitiva", sublinhou.