“São os mesmos jogadores que perderam por 4-0 no Dragão. Aproveito para dedicar este triunfo à minha família, que esteve aqui representada nas bancadas pelo meu filho Sérgio. Isto é para eles, que têm sofrido bastante, o jogo do Dragão foi um momento muito difícil para mim e para eles. Isto não é resposta nenhuma, era o que tínhamos de fazer, porque eu sou pago para treinar e os jogadores são pagos para treinar”, vincou o treinador na conferência de imprensa após o jogo.
Nessa altura, decorria ainda o encontro entre o Atlético de Madrid e o Leverkusen (2-2), um empate que garantiu a passagem dos azuis e brancos aos oitavos de final.
Conceição argumentou que a equipa corrigiu os erros do primeira volta e sublinhou que os belgas ainda não tinham sofrido qualquer golo nesta edição da Liga dos Campeões, aproveitando para deixar elogios à “equipa bastante positiva” orientada por Carl Hoefkens-
“Sabíamos disso, tínhamos de estar precavidos, ser consistentes defensivamente e olhar para a baliza do adversário. Num jogo importante, que pode ser decisivo, não nos inibimos e prova disso é que nos primeiros 15 minutos tivemos quatro ou cinco ocasiões de golo claras. O resultado era curto ao intervalo. Foi um jogo muito competente da minha equipa, tivemos exibições fantásticas que só foram possíveis com um coletivo forte e foi isso que a equipa foi hoje”, prosseguiu.
Para o técnico de 47 anos, a diferença entre o encontro da primeira volta e este foi a “agressividade e intensidade” dos portistas, antes de deixar críticas ao penálti cometido por David Carmo e defendido – duas vezes – por Diogo Costa, que fez história ao tornar-se no primeiro guardião a defender três castigos máximos numa edição.
“O elemento-chave podia ser o David Carmo. Não é normal a este nível, ou no campeonato e nas provas internas, um jogador cometer um erro deste género. Eu desculpo tudo, erros técnicos, situações em que os jogadores querem dar o melhor e levam vermelho para defender o grupo porque vai alguém na direção da nossa baliza. Desta forma aceito com mais dificuldade”, atirou.
Já sobre o jovem guarda-redes internacional português, Conceição relativizou a importância da sua exibição ao argumentar que “quando a equipa está bem sobressaem as individualidades”, mas admitiu que se trata de um elemento “cheio de qualidade”.
Ainda antes, na flash-interview, Diogo Costa disse que o penálti defendido é “foco do trabalho” diário.
“Estou numa fase muito boa. Sei que o momento mau vai chegar, porque é assim a vida, com altos e baixos, e tenho que estar preparado”, declarou.
Já Taremi, eleito homem do jogo pela UEFA, admitiu estar num bom momento de forma e salientou a exibição da equipa e as “muitas oportunidades de golo desde o início” do encontro.
“[O prémio de melhor em campo] é muito bom para mim e para a equipa, foi um jogo muito importante para definir a situação no grupo e a vitória foi importante para nós”, disse o internacional iraniano.