Simone Biles conquistou o seu nono título nacional de ginástica geral no início deste mês, vencendo os quatro aparelhos no Campeonato dos EUA em Fort Worth, Texas.
"Ela é a atleta mais talentosa com quem já trabalhei e sabíamos que, se conseguisse melhorar as suas capacidades mentais e físicas, seria quase imparável", afirma a francesa Cécile Landi, que a treina desde 2017 com o marido Laurent Landi.
Segundo Cécile Landi, o sucesso de Biles na gestão da sua saúde mental, combinado com o seu talento e uma ética de trabalho formidável, significa que poderá estar mais forte do que nunca para a sua possível terceira participação olímpica (26 de julho-11 de agosto).
"Acho que sempre soubemos que ela poderia ser ainda melhor", disse Landi na quarta-feira, quando as mulheres começaram a treinar no Target Center em Minneapolis, onde os eventos começam na quinta-feira com as competições masculinas.
Simone Biles deslumbrou com quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, mas a sua participação em 2021 nos Jogos de Tóquio, adiados pela pandemia, foi interrompida quando se retirou devido a um ataque de "twisties" - um bloqueio mental temporário, em que os ginastas perdem o sentido de orientação nos saltos.
"Todo o trabalho que ela tem feito fora do ginásio e o facto de ter 27 anos e ser casada significa que tem outras coisas para fazer e penso que isso a ajuda a manter um bom equilíbrio", salientou Landi.
"Não é só ginástica e acho que isso a ajuda a manter a cabeça fria", acrescentou.
Entre as 16 competidoras em Minneapolis estão Suni Lee, de 21 anos, que ganhou o ouro na geral e o bronze nas barras irregulares em Tóquio, e que superou uma doença renal que ameaçava a sua carreira.
Por outro lado, Skye Blakely, duas vezes campeã mundial por equipas, e também na luta por um lugar em Paris, está em dúvida, depois de se ter lesionado durante o treino de solo na quarta-feira.
A ginasta de 19 anos caiu no tapete do Target Center e foi evacuada numa cadeira de rodas com uma aparente lesão na perna.