Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Síntese Paris-2024: Nelson Oliveira deu primeiro diploma a Portugal. Evenepoel domina e França destrona Fiji

Dia marcado pela chuva e saída de Catarina Costa na segunda ronda
Dia marcado pela chuva e saída de Catarina Costa na segunda rondaLUSA
Nos portugueses, o ciclista Nelson Oliveira conquistou este sábado o primeiro diploma para Portugal nos Jogos Olímpicos Paris-2024, ao ser sétimo no contrarrelógio, num dia marcado pela chuva e pela desilusão de Catarina Costa. Quanto ao geral, Remco Evenepoel controlou o contrarrelógio e uniu o ouro olímpico ao título mundial, enquanto a anfitriã França destronou numa reviravolta soberba as bicampeãs Fiji no râguebi ‘sevens’.

Portugueses

Num crono corrido à chuva, Nelson Oliveira conseguiu o seu segundo diploma olímpico (resultados entre o quarto e o oitavo lugar), ao repetir o sétimo lugar conseguido no Rio-2016, com Rui Costa a ser 25.º (leia aqui).

O maior especialista português do contrarrelógio concluiu os 32,4 quilómetros do percurso em 37.43 minutos, a 1.31 do belga Remco Evenepoel, que juntou o título olímpico ao de campeão do mundo, depois de bater o italiano Filippo Ganna, por 14 segundos, e o compatriota Wout van Aert, por 25.

Naquela que não é a sua principal especialidade, Rui Costa terminou na 25.ª posição, a 02.48 minutos, com os dois ciclistas portugueses a regressarem à estrada em 03 de agosto, para disputarem a prova de fundo.

Quinta em Tóquio-2020, a judoca Catarina Costa, sétima do mundo, ficou a um triunfo de somar o seu segundo diploma olímpico, mas acabou por ser derrotada pela paraguaia Gabriela Narváez (60.ª) (leia aqui).

Depois de se ter estreado com um triunfo sobre a alemã Katharina Menz (25.ª), Catarina Costa foi surpreendida pela antepenúltima judoca entre as 31 inscritas na categoria mais leve do judo feminino, caindo já no golden score, ao sofrer um ippon aos 01.22 minutos do prolongamento.

A chuva afetou e muito o primeiro dia oficial de competições de Paris2024, com a prova de street a ser adiada para segunda-feira, algo que o skater português Gustavo Ribeiro temia, mantendo-se a hora de arranque, às 12:00 locais (11:00 em Lisboa), com a final às 17:00.

Também o torneio de ténis foi condicionado pela chuva, uma vez que apenas se realizaram os encontros nos dois campos com teto amovível, com Nuno Borges a ver o seu encontro com o argentino Mariano Navone adiado para domingo.

No equestre, Manuel Grave terminou no 59.º lugar a prova de dressage do concurso completo de equestre dos Jogos Olímpicos Paris-2024, ao concluir com 40,90 pontos de penalização.

Montado em Carat de Bremoy, Grave, que faz a sua estreia em Jogos Olímpicos, terá agora de tentar recuperar do domingo, no cross-country, para conseguir chegar aos 20 primeiros lugares, que dão acesso à derradeira prova de saltos, na segunda-feira.

Jieni Shao, 51.ª do ranking mundial, foi a primeira portuguesa em prova no ténis de mesa, derrotando a luxemburguesa Sarah de Nutte (91.ª), pelos parciais de 11-7, 11-9, 5-11, 7-11, 11-8 e 11-5, em 52 minutos, para garantir a sua melhor prestação de sempre em Jogos Olímpicos à terceira presença, depois do 33.º lugar no Rio-2016 e em Tóquio-2020.

Global

Sem darem tréguas desde o final da tarde de sexta-feira, os aguaceiros emolduraram o primeiro dia da XXXIII Olimpíada e fizeram adiar a primeira decisão de skate e todas as partidas de ténis nos courts sem cobertura, sem travarem a marcha triunfante do belga.

Seis dias depois de ter fechado o pódio da Volta a França, liderando a classificação da juventude, Evenepoel sobressaiu no lote dos primeiros 13 campeões em Paris-2024, ao completar os 32,4 quilómetros do contrarrelógio individual masculino em 36.12 minutos.

O italiano Filippo Ganna chegou à prata, a 14,92 segundos, e o belga Wout van Aert foi bronze, a 25,63, sendo que, na quarta participação em Jogos, Nélson Oliveira repetiu o sétimo lugar do Rio-2016, a 1.30,99 minutos, garantindo o primeiro diploma de Portugal.

A australiana Grace Brown teve um triunfo mais tranquilo no contrarrelógio feminino, ao correr a mesma distância em 39.38,24 minutos, num pódio fechado pela britânica Anna Henderson, a 1.31,59, e pela norte-americana Chloé Dygert, campeã mundial, a 1.32,46.

Brown deu o primeiro de três ouros à Austrália, que tirou partido das finais femininas da natação - numa sessão sem recordes mundiais - para chegar à liderança do medalheiro.

Se a estafeta de 4x100 metros livres garantiu o tetra em Jogos Olímpicos, com 3.28,92 minutos, ficando acima dos Estados Unidos (3.30,20) e da China (3.30,30), a recordista mundial Ariarne Titmus gastou 3.57,49 para bisar nos 400 livres, batendo a canadiana Summer McIntosh (3.58,37), de 17 anos, e a norte-americana Katie Ledecky (4.00,86).

A Austrália colecionou mais dois pódios nos homens, ao ser segunda nos 4x100 metros livres (3.10,35 minutos), entre os agora tricampeões Estados Unidos (3.09,28) e a Itália (3.10,70), já depois de Elijah Winnington (3.42,21) secundar o triunfo do alemão Lukas Märtens (3.41,78) nos 400 livres, com o sul-coreano Kim Woo-min (3.42,50) em terceiro.

China (dois ouros em três metais) e Estados Unidos (um em cinco) selaram o pódio do medalheiro, com perseguição apertada de França, cujo primeiro título foi conseguido no râguebi sevens masculino, ao derrotar as Ilhas Fiji (28-7), que estavam invictas nos 17 duelos realizados desde a introdução da modalidade no programa olímpico, no Rio-2016.

Medalheiro após o primeiro dia
Medalheiro após o primeiro diaFlashscore

Os gauleses viraram o marcador com um parcial de 28-0, graças a uma segunda parte demolidora, da mesma maneira como a África do Sul derrotou a Austrália (26-19) para resgatar o bronze oito anos depois, beneficiando de um ensaio marcado nos descontos.

O primeiro dos 329 títulos de Paris-2024 - num total de 1.017 metais -, foi para a China, que bisou no tiro de carabina a 10 metros por equipas mistas, ao bater a Coreia do Sul.

Já a qualificação feminina de pistola de ar comprimido a 10 metros reforçou a lenda da georgiana Nino Salukvadze, que, aos 55 anos, tornou-se a primeira mulher a disputar 10 Jogos Olímpicos, num trajeto iniciado em Seul-1988 ao serviço da então União Soviética.

Detentora de três medalhas e 38.ª colocada na primeira de duas aparições previstas na capital francesa, Salukvadze igualou o máximo de presenças olímpicas do cavaleiro Ian Millar, mas ostenta o recorde de edições seguidas, uma vez que o canadiano - presente entre Munique-1972 e Rio de Janeiro-2016 - falhou Moscovo-1980 por boicote do seu país.

Esgrima, judo e saltos para a água também medalharam no dia inicial de Paris-2024, que teve 22 desportos em ação, -sendo que, por razões logísticas, andebol, futebol, râguebi 7's ou tiro com arco já tinham arrancado nos dias prévios à Cerimónia de Abertura.