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Síntese Paris-2024: Triatlo volta a brilhar, Duplantis dá espetáculo, D'Amato e Andrade contrariam Biles

Atualizado
Atletas do triatlo voltam a brilhar
Atletas do triatlo voltam a brilharLUSA
A estafeta mista de triatlo fez sonhar esta segunda-feira com uma segunda medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos Paris-2024, acabando num excelente quinto lugar, num dia em que Irina Rodrigues foi nona na final do lançamento do peso. Já o sueco Armand Duplantis bateu pela nona vez seguida o recorde mundial do salto com vara, enquanto as ginastas Alice D'Amato e Rebeca Andrade moderaram o fulgor de Simone Biles.

Portugueses

Depois dos quinto e sexto lugares de Vasco Vilaça e Ricardo Batista, respetivamente, na prova individual, o duo, juntamente com Melanie Santos e Maria Tomé, conquistou mais um diploma para as cores lusas.

O quarteto luso, que entrou para a derradeira estafeta na terceira posição, completou a prova em 01:27.08 horas, a 01.29 minutos da Alemanha, que ganhou em 01:25.39, secundada pelos Estados Unidos, prata, e a Grã-Bretanha, bronze, ambos a um segundo.

Na estreia de Portugal na disciplina, os portugueses garantiram estar orgulhosos com “a prova incrível” que fizeram e apontaram já o olhar para Los Angeles-2028, onde esperam estar ainda melhor.

Irina Rodrigues foi a primeira finalista portuguesa no atletismo no Stade de France, terminando o lançamento do disco na nona posição, com um lançamento de 61,19 metros, na sua segunda tentativa.

Nos seus quartos Jogos Olímpicos – no Rio-2016 acabou por não competir por lesão -, a médica de Leiria, de 33 anos, conseguiu a sua melhor participação de sempre, depois de ter sido 25.ª em Tóquio-2020.

Na sessão da manhã em Saint-Denis, João Coelho, nos 400 metros, e Lorène Bazolo, nos 200, não conseguiram aproveitar as repescagens para seguirem para as meias-finais, com Cátia Azevedo a também não conseguir o apuramento direto para essa fase, tendo nova oportunidade na terça-feira, igualmente nas repescagens.

Ingrato foi o fim da prova do velejador Eduardo Marques, que viu a falta de vento em Marselha impedir a realização das duas últimas regatas de ILCA 7, numa altura em que estava em 11.º, a apenas um ponto dos lugares de acesso à medal race, limitada aos 10 primeiros.

Ainda na luta, mesmo sem a realização de duas regatas, estão Carolina João e Diogo Costa, que são sétimos em 470 e vão ter na terça-feira quatro oportunidades para se manterem em lugares de acesso à medal race, ocupando, neste momento, o sétimo posto.

A única velejadora portuguesa a competir foi Mafalda Pires de Lima, em kite, uma classe em estreia nos Jogos Olímpicos, tendo sido 15.ª classificada na única regata realizada esta segunda-feira, das quatro previstas.

Com a previsão de serem realizadas cinco na terça-feira, Mafalda Pires de Lima ocupa o 14.ª lugar, com 50 pontos, a 16 do 10.º, que dá acesso às meias-finais.

No ténis de mesa acabou a participação portuguesa, com a equipa lusa, oitava do ranking mundial, a ser eliminada na estreia pelo Brasil, por 3-1, não conseguindo repetir a presença nos quartos de final, a sua melhor prestação em Jogos Olímpicos, alcançada em Londres-2012.

No encontro de pares, que abriu o confronto, Marcos Freitas e Tiago Apolónia perderam com Vítor Ishiy e Guilherme Teodoro, por 3-2 (12-10, 11-9, 7-11, 8-11 e 12-10), antes de Hugo Calderano, número seis mundial e semifinalista do torneio individual, aumentar a vantagem do Brasil, ao vencer João Geraldo, por 3-0 (12-10, 11-5 e 11-7).

Marcos Freitas, que tal como Apolónia cumpriu os seus quintos Jogos, deu o único ponto a Portugal, ao triunfar sobre Guilherme Teodoro, por 3-0 (11-7, 12-10 e 11-4), antes de Geraldo, o estreante da equipa, ser batido por Ishiy, por 3-2 (14-12, 8-11, 8-11, 11-9 e 14-12).

O equestre também se despediu dos Jogos Olímpicos Paris-2024, com Duarte Seabra, montado no cavalo Dourados 2, a ser 48.º na qualificação dos saltos com obstáculos, com a final a estar reservada aos 30 melhores.

Global

Superadas sem dificuldade as quatro primeiras fasquias, que garantiram a revalidação do título logo aos seis metros, Mondo fez um salto intermédio a 6,10, de execução perfeita, antes de transpor os tão ambicionados 6,25 à terceira e derradeira tentativa para celebrar em êxtase com o Stade de France, em Saint-Denis, nas proximidades da capital gaulesa.

À semelhança de cada um dos seus oito recordes anteriores, numa senda principiada em fevereiro de 2020, Duplantis, de 24 anos, acrescentou um centímetro à altura suplantada em 20 de abril, na etapa inicial da edição anual da Liga Diamante, em Xiamen, na China.

O bicampeão mundial e tricampeão da Europa confirmou o mais previsível dos títulos do atletismo em discussão em Paris-2024 e juntou-se ao norte-americano Bob Richards, até aqui o único saltador com dupla vitória olímpica, em Helsínquia-1952 e Melbourne-1956.

O feito foi saudado pela concorrência, que viu o americano Sam Kendricks (5,95 metros) mais forte na disputa da prata, restando o bronze para o grego Emmanouil Karalis (5,90).

Histórica potência do atletismo, o Quénia debutou no pódio ao quarto dia de decisões na pista, fruto da vitória nos 5.000 metros femininos de Beatrice Chebet (14.28,56 minutos), que chegou à meta antes da compatriota Faith Kipyegon e da neerlandesa Sifan Hassan.

A campeã mundial seria desqualificada por obstrução num incidente com a etíope Gudaf Tsegay, mas recorreu logo dessa decisão e o júri de apelo recolocou-a atrás de Chebet (14:29.60), relegando o bronze para Hassan (14.30,61), vencedora em Tóquio-2020, que tentava eternizar-se como a primeira mulher a ganhar os 5.000, os 10.000 e a maratona.

Nos 800 metros, a britânica Keely Hodgkinson, vice-campeã do mundo em 2022 e 2023, evoluiu o segundo lugar de há três anos (1.56,72 minutos), por troca com a etíope Tsige Duguma (1.57,15), ambas acima da queniana Mary Moraa (1.57,42), campeã planetária.

A americana Valarie Allman bisou no disco, com 69,50 metros, contra 67,51 da chinesa Feng Bin, prata, e da croata Sandra Elkasević, bronze, por ter quatro tentativas inválidas.

O 10.º dia dos Jogos Olímpicos Paris-2024 trouxe também as derradeiras quatro finais da ginástica artística, sem que a norte-americana Simone Biles conseguisse alcançar entre trave e solo o recorde de quatro ouros e cinco medalhas cravado na estreia, no Rio-2016.

Recém-vitoriosa nos concursos completos (all-around) coletivo e individual e no salto, a texana começou por consentir uma ida ao solo após a segunda série acrobática na trave, que lhe custou uma inédita vitória e a ausência do pódio, volvidos dois bronzes seguidos.

A campeã mundial daquele aparelho finalizou no quinto lugar, com 13,100 pontos, contra 14,366 de Alice D’Amato, que conferiu um inédito triunfo na ginástica artística feminina à Itália, suplantando a chinesa Zhou Yaquin (14,100) e a compatriota Manila Esposito (14).

Biles desperdiçou a hipótese de se juntar à nadadora norte-americana Katie Ledecky e à ginasta soviética Larisa Latynina no trono de mulheres mais tituladas da história olímpica, ambas com nove ouros, mas selaria a prata no solo, do qual também é campeã mundial.

Uma dupla saída do praticável deixou-a com 14,133 pontos, logo abaixo da sua principal opositora, a brasileira Rebeca Andrade (14,166), que venceu pela primeira vez em Paris, num total de quatro metais, relegando a americana Jordan Chiles (13,766) para terceira.

Aos 27 anos, e depois de ter prescindido de várias provas em Tóquio-2020 por razões de saúde mental, Simone Biles regressou em pleno com quatro pódios e três triunfos e foi a segunda campeã olímpica mais velha de sempre no all-around, ampliando o estatuto de ginasta mais laureada de todos os tempos, com 41 medalhas e 30 vitórias internacionais.

Na artística masculina, o japonês Shinnosuke Oka também assinou três êxitos em quatro metais, o derradeiro dos quais na barra fixa, onde superou o colombiano Ángel Barajas, prata, com o bronze dividido entre o chinês Zhang Boheng e o taiwanês Tang Chia-hung.

Oka já tinha iniciado o dia com o terceiro posto na final de barras paralelas, cujo cetro foi defendido pelo chinês Zou Jingyuan, deixando o ucraniano Illia Kovtun na vice-liderança.

Um dia depois de ter sido igualada pelos Estados Unidos no topo do medalheiro, a China voltou a isolar-se de forma tangencial e soma 21 ouros, triunfando, além da ginástica, no tiro com pistola a 25 metros, enquanto a Austrália descolou da França no terceiro posto.

A 13.ª conquista do maior país da Oceânia aconteceu na canoagem slalom, que já tinha impulsionado Jessica Fox para uma inédita dobradinha em K1 e C1 - tornando-a a mais laureada na modalidade - e esta segunda-feira premiou a irmã Noemie na estreia olímpica do K1 cross.

Angèle Hug foi segunda classificada e não contrariou novo dia sem troféus dos anfitriões, que perderam com os Países Baixos (18-17, após prolongamento) na final masculina de basquetebol 3x3, logo após o êxito da Alemanha sobre a Espanha nas mulheres (17-16).

Os germânicos impuseram-se ainda na estafeta mista de triatlo (1:25.29 horas), com um segundo de avanço sobre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, vitoriosa na estreia em Tóquio-2020, tendo Portugal sido quinto e obtido o sexto diploma, indiferente à polémica.

A má qualidade das águas fez anular treinos e gerou incerteza nos dias prévios, levando mesmo a Bélgica a retirar-se no domingo, após Claire Michel, 38.ª classificada na prova individual feminina, na quarta-feira, ter adoecido, com relatos de uma infeção bacteriana.

Já o ciclismo de pista entrou em ação com um recorde mundial no sprint por equipas da Grã-Bretanha, ao somar 45,186 segundos na final, abaixo dos 45,659 da Nova Zelândia.

Com 18 campeões gerados, o dia terminará com as decisões de surf em em Teahupo’o, na Polinésia Francesa, a mais de 15 mil quilómetros de Paris, mas já definiu Espanha e França como finalistas da prova de futebol masculino, tendo apurado a campeã mundial Itália, a França, detentora do título, os Estados Unidos, um dos recordistas de ouros em Jogos Olímpicos, e a campeã continental Polónia para as meias do voleibol masculino.

O medalheiro olímpico após o dia de segunda-feira
O medalheiro olímpico após o dia de segunda-feiraFlashscore