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Surf: Luzes nas pranchas podem repelir ataques de tubarões, diz estudo

AFP
Camilla Kemp nos Jogos Olímpicos.
Camilla Kemp nos Jogos Olímpicos.FELIX HORHAGER / DPA / dpa Picture-Alliance via AFP
Embora possa parecer um convite aos animais, uma investigação levada a cabo por cientistas australianos sugere que pode ter o efeito contrário.

A bióloga Laura Ryan afirmou que o predador ataca a sua presa por baixo, por vezes confundindo a silhueta do surfista com a de uma foca.

Ryan e os seus colegas investigadores mostraram que as pranchas equipadas com luzes horizontais brilhantes têm menos probabilidades de serem atacadas por grandes tubarões brancos.

Isto parece dever-se ao facto de as luzes distorcerem a silhueta na superfície do mar, tornando-a menos apetecível.

"Existe este medo dos tubarões brancos e parte do medo deve-se ao facto de não o compreendermos muito bem", explicou Laura, da Universidade Macquarie, na Austrália.

O estudo, publicado na revista Current Biology, foi efetuado na Baía de Mossel, na África do Sul, um local de alimentação do grande tubarão branco.

Luzes muito brilhantes

Os investigadores montaram iscos com diferentes configurações de luzes LED para ver qual atraía mais a atenção dos tubarões.

Determinaram que as luzes mais brilhantes eram mais eficazes para afastar os tubarões, enquanto as luzes verticais eram menos eficazes do que as horizontais.

L. Ryan considerou que os resultados foram melhores do que o esperado e já está a construir protótipos para serem instalados no fundo de caiaques e pranchas de surf.

No entanto, os autores indicaram que são necessários mais estudos para verificar se os tubarões-touro e os tubarões-tigre, com padrões de predação diferentes, reagem da mesma forma às luzes.

A Austrália registou 1200 ataques de tubarões desde 1791, dos quais 255 resultaram em mortes, de acordo com dados oficiais.

Os grandes tubarões brancos são responsáveis por 94 deles.

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