"O processo de arbitragem do TAS começou", disse o órgão numa declaração, antes de acrescentar que um painel de três árbitros "irá decidir o caso". O tribunal de Lausanne iniciou o processo na ausência de uma decisão notificada pela Agência Russa Antidoping (RUSADA) relativamente ao caso Valieva.
No mês passado, a WADA ordenou à RUSADA que acelerasse a sua investigação, mas a agência russa respondeu que não emitiria comunicação sobre a investigação para "assegurar os interesses" ao patinadora, que deveria ser considerado uma "pessoa protegida" devido à sua idade na altura dos acontecimentos (15 anos), sem citar o nome de Valieva.
A WADA nomeará um dos juízes, a RUSADA e Valieva selecionarão conjuntamente o segundo, enquanto o terceiro, que presidirá ao painel, será escolhido pelo chefe da divisão de recursos do TAS. O painel fará recomendações para uma audiência, após a qual deliberará e emitirá a sua decisão, cuja data ainda não é conhecida.
Nos Jogos de Inverno de Pequim 2022, em fevereiro, a adolescente, então com 15 anos, tornou-se a primeira mulher a realizar um salto quádruplo na competição olímpica, permitindo à Rússia ganhar o evento por equipas. Mais tarde verificou-se que ela tinha testado positivo antes dos Jogos por trimetazidina, uma droga usada para tratar a angina, mas que é proibida para os atletas porque pode melhorar a resistência.