Após a grave lesão dos ligamentos sofrida em Roland Garros em 2022, o ano passado foi caraterizado por altos e baixos para Alexander Zverev. Na época passada, conseguiu 55 vitórias em 82 jogos. No final de julho, celebrou uma emocionante vitória num torneio em Hamburgo, a sua cidade natal, seguida de um triunfo no ATP 250 de Chengdu, na China, em setembro. Também chegou às meias-finais no Open de França.
No entanto, o seu registo contra jogadores do top 10 ainda precisa de ser melhorado. No Open dos Estados Unidos, primeiro derrotou Jannik Sinner (4.º na classificação ATP) nos oitavos de final, após um jogo de quase cinco horas, e uma ronda mais tarde foi claramente derrotado por Carlos Alcaraz (2.º) por 3:6, 2:6, 4:6. Em Pequim, também sofreu uma derrota clara contra Daniil Medvedev (3.º), e em Viena e Paris os melhores profissionais Andrey Rublev (5.º) e Stefanos Tsitsipas (6.º) também foram demasiado grandes para Zverev.
"Não foi capaz de desenvolver verdadeiramente o seu jogo"
O antigo número dois mundial Michael Stich também chegou à conclusão de que Alexander Zverev estava "muito longe" da qualidade do grande dominador e sete vezes vencedor da final, Novak Djokovic. Há "três ou quatro anos" que o tenista alemão mais forte do momento está à espera de "um maior desenvolvimento".
Stich explicou também que Zverev entendeu muitas vezes, erradamente, estas análises e outras semelhantes como "denúncia e crítica". Na realidade, os juízos de valor de muitos observadores são, na maioria dos casos, bem intencionados e as pessoas "querem realmente que ele dê o próximo passo para se tornar um tenista ainda melhor. Acho que ele vê sempre isso como uma crítica a si próprio e ao seu jogo - o que não é verdade".
Stich confirmou a sua impressão pessoal: "Nos últimos três ou quatro anos - na minha opinião - ele não conseguiu realmente desenvolver o seu jogo. (...) Só ele sabe se consegue e se quer". No entanto, Zverev "provou nos últimos seis anos que pode vencer toda a gente e jogar ténis ao mais alto nível. Ele não se esqueceu disso e vai poder fazê-lo também no próximo ano".
O seu parceiro de diálogo, o antigo tenista profissional e atual treinador de ténis Patrik Kühnen, relativizou a avaliação de Stich: "Foi um ano de regresso em força. Não era de esperar, isso tem de ser dito com toda a clareza. Ele esteve na final. Se alguém lhe tivesse dito no verão: 'Vá lá, miúdo, estás entre os 8 primeiros em Turim', ele provavelmente teria feito uma cara estranha no início. Mas ele conseguiu".
Zverev fez uma bela figura no recente ATP Finals e foi eliminado após a fase de grupos, apesar de duas vitórias contra Alcaraz (6:7, 6:3, 6:4) e Rublev (6:4, 6:4). O jogador de 26 anos termina o ano em 7º lugar no ranking ATP.