Novak Djokovic critica a "vergonhosa" ausência de tecnologia de vídeo no ténis
Jack Draper derrotou Felix Auger-Aliassime em Cincinnati, apesar das suspeitas de que a bola bateu primeiro na raquete do britânico e depois no court, antes de passar por cima da rede para o ponto decisivo.
Apesar dos protestos do canadiano, o árbitro validou o ponto e declarou Draper o vencedor.
Novak Djokovic, que não está a participar no torneio, criticou a ausência de tecnologia de vídeo nas redes sociais, classificando-a de "vergonhosa".
"É ridículo que não exista uma regra que permita aos árbitros alterar a sua decisão inicial com base em repetições de vídeo, que podem ser vistas fora do campo", sublinhou.
"Toda a gente que está a ver na televisão vê o que aconteceu na repetição, mas os jogadores em campo ficam sem explicação, sem saber qual é o resultado. Temos o Hawkeye para as chamadas de linha; vivemos no século XXI, a tecnologia avançou! Por favor, respeitem os torneios e assegurem-se de que isto não volta a acontecer", acrescentou Djokovic.
O Open dos Estados Unidos, o último torneio do Grand Slam da época, utiliza repetições em vídeo, mas esta prática está muitas vezes ausente dos torneios do circuito. A estrela americana Coco Gauff também apelou à introdução de repetições em vídeo depois de ter sido eliminada dos Jogos Olímpicos de Roland Garros, em Paris, no mês passado.
A campeã do Open dos Estados Unidos e número dois do mundo, Coco Gauff, envolveu-se num confronto emotivo com o árbitro de cadeira por causa de uma chamada de linha durante a sua derrota para Donna Vekic. Também teve uma disputa semelhante nas meias-finais, quando perdeu para Iga Swiatek no Open de França, em junho.
"Sinto-me enganada neste jogo. Não é justo para mim", afirmou Gauff. A jogadora acrescentou que o ténis deveria ter um sistema de vídeo replay (VR), porque estes pontos são muito importantes.
"Normalmente, depois de situações como esta, pedem desculpa, mas é frustrante quando o pedido de desculpa não nos leva a nada depois de o jogo ter terminado", afirmou Gauff.