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Após o sucesso da Taça Davis, Barazzutti consagra Sinner: "Em 2024 será o número um"

Fabio Russomando
Jannik Sinner é um dos nomes emergentes do ténis mundial
Jannik Sinner é um dos nomes emergentes do ténis mundialProfimedia
O capitão da Itália que venceu a Taça Davis em 1976 recompensa todo o ténis italiano após o êxito em Málaga e empurra Sinner para o topo da classificação ATP.

Uma vitória que "recompensa todo o ténis italiano". Corrado Barazzutti era o capitão dos quatro mosqueteiros que ganharam a primeira (e até ontem única) Taça Davis em Itália, em 1976.

Após o triunfo em Málaga, a equipa liderada por Nicola Pietrangeli - composta por Paolo Bertolucci, Adriano Panatta e Tonino Zugarelli - já não está sozinha.

"Tinha a certeza de que íamos vencer a Austrália, os valores em campo faziam-me sentir bastante confortável. Estou muito feliz pelos rapazes, porque eles merecem, e é um grande prémio para todo o ténis italiano e para todo o movimento", comentou Barazzutti.

Pecador número um

"Neste momento, pela forma como joga, Sinner já é o número um. Penso que no final do próximo ano poderá ser também o número um do ranking do ATP", previu Barazzutti.

"Depois, a época é longa, pode haver torneios que correm bem e outros menos bem, mas há todos os pré-requisitos para Jannik se tornar o número um num ano, dois no máximo". Uma supremacia que terá de disputar com outros jovens jogadores, "como Alcaraz - que já o foi - e Rune que está a surgir, mas ele vai lá chegar e muito rapidamente".

Com a Sérvia, a verdadeira final

O triplo match point desperdiçado por Novak Djokovic no segundo set contra Sinner, que teria levado a Sérvia à final, já faz parte da história do ténis italiano. Quando surgiu essa situação favorável, "tendo em conta a sua história, do jogador mais bem sucedido de todos os tempos, pensei que o jogo estava quase terminado". "Quase", observou, "porque no ténis nunca acaba até ao último ponto".

Mas, provando que nunca se deve desistir, "no primeiro erro, quando ele falhou uma bola confortável, isso deu-me algumas dúvidas, talvez Nole acreditasse que estava feito. Pensei que algo poderia mudar. Depois, Sinner fez duas grandes pancadas e, a partir daí, não lhe deu mais hipóteses, tomou conta do jogo. Algo se partiu na cabeça de Djokovic".