“Significa muito. Já tinha vencido o ouro em individual e só faltava em equipas. Desta vez, conseguimos. Éramos cabeças de série, por isso era possível”, disse Yu, de 44 anos, aos jornalistas após consumado o bronze com o triunfo ante a França (3-0).
A partida começou a ser ganha com uma parelha inédita, uma vez que Fu Yu e Matilde Pinto “nunca” treinaram juntas, quanto mais jogar, mas acabou por correr bem, com o jogo de ambas a encaixar, entre a mais experiente e a mais nova, de 17 anos.
“Ficámos mais descansadas, porque se perdêssemos seria mais difícil”, explicou.
Matilde Pinto, por seu lado, destacou a “muita felicidade” por chegar ao terceiro lugar mas também por “poder estar nesta equipa, com a Fu, a Jieni e a Inês”.
No segundo jogo, foi Jieni Shao a mostrar o caminho da vitória, uma vez que perdeu os dois primeiros sets ante uma jogadora que fecha o top 20 mundial e conseguiu recuperar, galvanizando as hostes lusas.
“A Jieni estava a perder 2-0 e acabou a vencer 3-2, deu-me mais confiança”, admitiu Fu Yu.
A 30.ª jogadora do mundo entrou depois em ação e confirmou as credenciais de uma carreira de décadas nas mais altas posições do ranking mundial, como uma das figuras cimeiras da história do ténis de mesa português, fechando a partida para colocar a equipa no pódio.
“Com este resultado já podemos continuar a seguir nos primeiros 16 do mundo”, destacou, já a pensar no apuramento olímpico para Paris2024.
De resto, a mesatenista de 44 anos também nunca tinha jogado pares com Inês Matos e também venceu, acabando por elogiar as duas jovens: “São boas meninas e boas jogadoras”.
Pinto, boa menina, reforçou a “prestação muito boa” numa “prova com grande amplitude”, na qual a diferença também se fez ao estarem “todas muito unidas, jogando melhor”, além de elogiar o “papel importante da Fu e da Jieni”, que jogaram as partidas individuais ao longo do torneio.