O número 71 da hierarquia mundial do ténis de mesa irá competir no torneio de equipas, em conjunto com Marcos Freitas e Tiago Apolónia, depois de ter sido suplente da formação portuguesa no Rio-2016 e em Tóquio-2020, e terá finalmente a sua oportunidade olímpica, que diz encarar com muita motivação.
"Sinto-me com bastante força. Tive agora, nos últimos dias, bastante apoio da minha família. É um marco para mim, um sonho tornado realidade. Vou com uma motivação enorme para representar Portugal", expressou, em declarações à agência Lusa, no aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Naquele que é já, por si só, um marco na sua carreira, aos 28 anos, João Geraldo recordou todo o seu percurso até chegar a Paris, estando já patente um sentimento de vitória ainda antes de jogar.
"É uma conquista já de quase 10, 11 anos. Foi um trabalho muito longo, tive de batalhar bastante. Por isso, é muito gratificante", contemplou.
Com dois companheiros prestes a iniciar a quinta campanha de Jogos Olímpicos, assume que a experiência dos colegas pode ser um fator de ajuda importante para ele, realçando que tanto Marcos Freitas como Tiago Apolónia são "referências".
"Já somos colegas de equipa há bastante tempo e eles foram sempre referências para mim. Eu sempre olhei para as carreiras deles como um exemplo e isso ajudou-me bastante a chegar onde estou hoje. Aprendi bastante com eles e hoje já vou ter a oportunidade também de apoiar o Tiago (Apolónia) que vai começar na prova individual (frente ao alemão Dang Qiu, 11.º mundial)", referiu.
O mesatenista augurou boas prestações para os restantes membros da comitiva portuguesa da sua modalidade nas provas individuais, incluindo Shao Jieni e Fu Yu, que já venceram as respetivas partidas inaugurais, e mostrou-se otimista quanto às possibilidades na vertente masculina de equipas, com o Brasil pela frente na disputa por um lugar nos oitavos.
"Já sabemos que temos um jogo bastante difícil contra o Brasil. O nosso objetivo é realmente passar essa primeira ronda, que sabemos que vai ser uma grande guerra. Acredito que vamos conseguir e que estamos bem preparados", afirmou.
Por seu lado, Vitória Oliveira, que, na quinta-feira irá representar Portugal pela primeira vez nos 20km marcha, distância na qual é campeã nacional e bateu recentemente o seu recorde pessoal, em Rio Maior, mostrou-se ansiosa por chegar a França, procurando informações sobre a realidade olímpica junto de atletas mais experientes.
"Muitos dos meus colegas que já lá estão, na grande maioria do atletismo, já me foram passando feedbacks, e eu também fui fazendo perguntas para saber como tudo funcionava. Aquilo que eles me contam ainda me vai deixando com mais vontade. Estou cheia de expectativas para viver o espírito olímpico e de ser feliz em Paris", expressou.
Sem querer revelar objetivos concretos para a prova, mas assumindo que os tem, a marchadora do Benfica diz-se confiante com a sua preparação e recentes resultados obtidos, ainda que pretenda sacudir de si qualquer tipo de pressão.
"Acima de tudo, parto com muita vontade e vou tentar estar descontraída e feliz em competição, porque acredito que, se conjugarmos tudo isso, o resultado acontece. Espero que traga de lá um bom resultado e que seja a minha melhor versão. Estou muito confiante, tenho tido uma época muito constante, toda ela recheada de bons resultados e a evolução foi muito contínua. Espero que os jogos sejam o ponto alto", desejou.
Os Jogos Olímpicos Paris-2024, que contam com a presença de uma comitiva portuguesa composta por 73 atletas, decorrem até dia 11 de agosto.