Estoril Open: O serviço conduziu Hurkacz ao primeiro título em terra batida (2-0)
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Naquela que poderá ter sido a última final do único torneio ATP em Portugal – o Estoril Open não integra o calendário para 2025 –, Hurkacz, 10.º do ranking mundial, venceu o 77.º classificado da hierarquia ATP, com os parciais de 6-3 e 6-4, em uma hora e 27 minutos.
O segundo cabeça de série do torneio nunca sequer tinha chegado a umas meias-finais em terra batida e, após a estreia no Clube de Ténis do Estoril, apenas dizia que ia tentar ganhar naquela que, assumiu, não era a sua superfície preferida.
Contudo, Hubi parecia estar a jogar em piso rápido, assentando o seu jogo no forte serviço e em pontos rápidos, além de ter estado muito bem na resposta ao saque do adversário, conseguindo o break logo ao quarto jogo e mostrando que ia saber aproveitar muito bem o segundo serviço do adversário – Martínez apenas ganhou 38% desses pontos.
Mesmo com a sua grande arma a ser o serviço, o polaco até foi superior nas poucas longas trocas de bola, com Martínez talvez a sentir o peso do longo encontro das meias-finais frente ao norueguês Casper Ruud, que terminou já perto das 21:00 de sábado e durou mais de três horas.
No final do primeiro set, Hurkacz apenas tinha perdido quatro pontos nos seus jogos de serviço e a sentença do encontro pareceu ficar logo definida no jogo inaugural do segundo parcial, quando conseguiu o segundo break.
Martínez tentou de tudo, até fazer uma pirueta antes de bater um smash, mas o mal estava feito e Hurkacz ia mesmo ganhar o seu primeiro torneio no pó de tijolo e o oitavo da carreira.
E, já depois de ter dado espetáculo com um smash em suspensão, à imagem do francês Gaël Monfils, o polaco festejou o título com um ás a 210 km/h, o 15.º que disparou num encontro em que apenas perdeu 11 pontos no seu serviço.
Ao longo da final, Hurkacz foi conquistando o público no Clube de Ténis do Estoril, com atitudes de desportivismo: por duas vezes disse que os juízes de linha se tinham enganado a seu favor, pediu desculpa várias vezes ao seu adversário num ponto em que a rede jogou a seu favor e ergueu o polegar no ar sempre que Martínez fez um bom ponto.