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Síntese do Estoril Open: O adeus de João Sousa foi o dos portugueses

LUSA
O momento da homenagem a João Sousa
O momento da homenagem a João SousaLUSA
A despedida de João Sousa foi também a de todos os portugueses que jogaram esta quarta-feira no Estoril Open, numa jornada que teve tanto de aziaga como de emocionante para o ténis nacional.

O “até logo” de João Sousa perdurará na memória daqueles que passaram hoje pelo Clube de Ténis do Estoril, onde os jogadores portugueses experienciaram uma jornada para esquecer: além do vimaranense, também eliminado em pares ao lado do ‘flop’ João Fonseca, caíram na primeira ronda de singulares Jaime Faria e Henrique Rocha, e na de pares Francisco Cabral e Nuno Borges, os campeões da vertente em 2022.

Dificilmente a jornada poderia ter sido pior para o ténis português, que perdeu definitivamente o seu melhor representante num encontro de emoções fortes no court central diante do francês Arthur Fils, o jovem francês de 19 anos ‘responsável’ por acabar a carreira de Sousa, a quem se impôs com os parciais de 7-5 e 6-4.

Depois de encerrar oficiosamente a carreira, numa cerimónia emocionante, o vimaranense de 35 anos fechou oficialmente o seu percurso ao lado de João Fonseca, ‘premiado’ com um ‘wild card’ pela organização - a aposta revelou-se um grande fracasso, já que, antes de perder em parceria com Sousa, o jovem brasileiro também caiu na primeira ronda de singulares, diante do ‘qualifier’ britânico (e desconhecido) Jan Choinski, com os parciais de 6-2, 6-7 (5-7) e 6-4.

A chuva adiou todos os encontros previstos para terça-feira para hoje e a organização respondeu pessimamente ao desafio, ‘encavalitando’ os encontros dos portugueses e relegando, inclusive, o de Jaime Faria (262.º) com o ‘lucky loser’ espanhol David Jordà Sanchis para o court Cascais, privilegiando o de Fonseca.

O ‘qualifier’ luso foi mesmo o primeiro a ser eliminado no terceiro dia, pelo 329.º classificado do ranking, que foi repescado à última hora para substituir o francês Constant Lestienne, e que ganhou com os parciais de 7-6 (7-4) e 6-1, em uma hora e 46 minutos.

À mesma hora que Sousa dizia adeus frente ao 37.º classificado do ranking mundial, Francisco Cabral e Nuno Borges travavam um dura batalha no court Cascais frente aos franceses Sadio Doumbia e Fabien Reboul, mas acabaram derrotados pelos segundos cabeças de série com os parciais de 7-6 (7-5), 3-6 e 10-7.

Restava Henrique Rocha para tentar dar uma alegria aos adeptos portugueses, mas o recente vencedor do 'challenger' de Múrcia tremeu nos momentos decisivos frente ao experiente francês Gaël Monfils e acabou derrotado por duplo 7-5.

Assim, e após a derrota do 197.º jogador mundial, a representação portuguesa no quadro de singulares está reduzida a Nuno Borges, que na quinta-feira defronta o italiano Lorenzo Musetti, terceiro cabeça de série e 24.º do ranking ATP, na segunda ronda.

Mas nem só de portugueses se conta a história da terceira jornada desta edição do único torneio ATP nacional, já privado de todos os seus ‘wild cards’, mas ainda com forte representação espanhola: além de Jordà Sanchis, também avançaram para a segunda ronda Pedro Martínez, que derrotou o alemão Daniel Altmaier (6-4 e 6-2), e o ‘qualifier’ Pablo Llamas Ruiz, vencedor diante do também germânico Dominik Koepfer, oitavo cabeça de série (6-4 e 6-3).

Sorte contrária teve o argentino Pedro Cachín, que caiu diante do húngaro Marton Fucsovics (7-5 e 6-2). Também na segunda ronda está, finalmente, o chileno Cristian Garín, que iniciou o seu encontro frente ao austríaco Jurij Rodionov e só hoje o completou, com um triunfo por 7-6 (7-3) e 7-5.

Também na segunda ronda está, finalmente, o chileno Cristian Garín, que iniciou o seu encontro frente ao austríaco Jurij Rodionov e só hoje o completou, com um triunfo por 7-6 (7-3) e 7-5.