Juan Carlos Ferrero elogia Carlos Alcaraz mas pede-lhe mais profissionalismo
"Para ser um grande profissional, é preciso controlar todas as áreas", disse o Mosquito como uma lição a ter em conta para o futuro.
"É preciso treinar três horas durante o dia no campo e depois passar o resto do dia fora. É preciso aprender a ser um grande profissional, a treinar quando é altura de treinar, a divertir-se quando é altura de se divertir, a desligar-se quando é altura de desligar. Nesse aspeto, temos de melhorar certas coisas que ele sabe e está a tentar fazer", comentou sobre Alcaraz.
Mas não há muito mais a dizer ao jovem tenista, que terminou em segundo lugar no ranking ATP, somando quase mais 2.000 pontos do que na época anterior, num ano em que venceu Wimbledon e chegou às meias-finais do Open dos Estados Unidos e de Roland Garros.
"O balanço é ótimo. Ganhámos o Grand Slam que menos esperávamos. O Carlos somou mais de 2.000 pontos sem jogar no Open da Austrália e isso diz muito sobre o esforço que fez em todos os torneios para somar e somar. Desde o Open dos EUA baixámos um pouco o nível e, nesse aspeto, temos de melhorar, estar sempre mais concentrados no que é ser um profissional. Mas ele tem 20 anos, tem de amadurecer".
Um Djokovic ainda superior
O objetivo da próxima época será melhorar essa série de debilidades. E tem a certeza de que voltará a encontrar Djokovic, um tenista que o tempo parece estar a tratar cada vez melhor.
"Mal posso esperar para o ver quando joga, como bate na bola, como se move", disse Ferrero. "É incrível como gere o tempo e os momentos quentes da partida. Tem uma qualidade impressionante e, ao mesmo tempo, pressiona-nos em cada ponto. Nunca o vemos falhar duas bolas seguidas. Temos de seguir as suas pisadas", revelou.
Por isso, depois de umas férias, é preciso voltar aos treinos e passar muitas horas no court, pensando não só em aperfeiçoar as pancadas, mas também em amadurecer mentalmente para destronar o sérvio do número 1 do mundo.