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Paris-2024: Francisco Cabral diz que era "impossível" rejeitar jogar em singulares

LUSA
Tenista ainda vai jogar com Borges no torneio de pares
Tenista ainda vai jogar com Borges no torneio de paresCOP
O tenista português Francisco Cabral assumiu este domingo que era impossível rejeitar a possibilidade de jogar o torneio de singulares nos Jogos Olímpicos Paris-2024, apesar de admitir que o seu grande objetivo são os pares.

Recorde aqui as incidências do encontro

Especialista em pares, Francisco Cabral foi chamado à última hora para entrar no quadro de singulares, para substituir o australiano Alex de Minaur, sexto do mundo, e acabou por ser derrotado pelo alemão Jan-Lennard Struff (34.º), por 6-2 e 6-2.

Em declarações à agência Lusa, Cabral admitiu que “mais ou menos há 48 horas sabia que havia a possibilidade de entrar, porque sabia que havia um ou outro jogador que não estava a 100%”.

Sabia que eu era o primeiro alternate na lista, porque perguntaram aos jogadores de pares antes de mim se queriam jogar, eles disseram que não. Eu mal soube dessa possibilidade, obviamente disse que sim, porque é um grande bónus para mim poder jogar os singulares aqui, é uma variante que eu já não jogo há dois anos, mas é os Jogos Olímpicos, era incapaz e impossível dizer que não”, referiu.

Sobre o desafio frente a Struff, Cabral disse que o tentou tornar “o mais normal possível, pensar que seria uma adaptação às condições” para o encontro de pares de mais logo, garantindo que este “não é um regresso” aos singulares, pois aceitou apenas por “ser uma ocasião especial”.

Era impossível dizer que não, porque isto é realmente um sonho e um orgulho imenso poder representar Portugal nesta prova”, referiu.

Sem jogar singulares desde março de 2022, o portuense de 27 anos disse que “as dimensões do campo são um bocadinho diferentes”, pois está “habituado só a jogar numa metade”.

Portanto sim, ao início estava um bocadinho nervoso, ainda à procura de sensações e dimensões, mas acho que num ou outro momento consegui aplicar um bom ténis. Obviamente, nada muito consistente, nem muito duradouro, mas estou satisfeito com o que fiz”, assumiu.

Agora, o número um nacional de pares vai concentrar-se no encontro da sua variante de eleição, ao lado de Nuno Borges, no qual vai defrontar os irmãos gregos Petros e Stefanos Tsitsipas.

O par é obviamente o meu grande objetivo, é a minha carreira. Tanto eu como a equipa tínhamos definido que este jogo servia mais como adaptação do que propriamente tentar ganhar, porque seria irrealista pensar dessa forma e acho que o consegui fazer”, afirmou.

À semelhança de Francisco Cabral, também Nuno Borges, 42.º do mundo de singulares, foi derrotado por duplo 6-2, frente ao argentino Mariano Navone (36.º), mas o portuense acredita que o seu amigo vai estar bem nos pares.

O Nuno tem força interior suficiente para perder (e recuperar). Eu sei que ele vai limpar a cabeça para jogar o par, porque o singular lá já está, já não adianta ficar cabisbaixo, porque nada vai mudar. Acredito que o par também é um grande objetivo para ele”, concluiu.