Na sua estreia em Jogos Olímpicos, o maiato, 42.º do ranking mundial, foi derrotado pelo 36.º classificado, por 6-2 e 6-2, em uma hora e nove minutos, admitindo que não fez um bom encontro, por “não (estar) inteiramente adaptado ou com um estilo de jogo bem planeado”.
“Sem querer tirar o mérito do aniversário, fez um jogo muito bom, pareceu-me, mas também que não o desafiei o suficiente, eu acho”, assumiu à agência Lusa.
O encontro entre o português e o argentino devia ter sido realizado no sábado, mas a chuva que caiu praticamente durante todo o dia na zona do complexo de Roland Garros adiou-o para este domingo, mas Borges assume que “foi igual para os dois”.
“Eu não senti muito nervoso extra, apesar de ser um torneio bastante importante, mas passou assim, muito rápido, e não estive verdadeiramente dentro do jogo, ou seja, (não consegui) fazê-lo sentir que estava complicado para o lado dele, que estava em risco a eliminatória. Claro que um dia como ontem (sábado) não me ajudou, mas estava igual”, referiu.
Durante o segundo set, o número um nacional queixou-se de alguma sorte do adversário, sobretudo com as bolas de Navone a cair em cima da linha.
“Acho que ele foi bastante feliz em algumas dessas, mas também com o ascendente estava bastante para o lado dele e, às vezes, a sorte também não cai por acaso”, disse.
Ainda este domingo, Borges vai juntar-se a Francisco Cabral nos pares, frente aos irmãos gregos Petros e Stefanos Tsitsipas, mas, apesar da derrota nos singulares, garante que não vai demorar muito a recuperar.
“Sim, 30 minutos e estou bem. (…) Não posso ficar agora a guardar sensações deste jogo que pouco me deu, é mesmo para esquecer e seguir para o par com aspirações novas”, garantiu o tenista que há uma semana se tornou no segundo português a conquistar um título ATP, ao sagrar-se campeão em Bastad.