Guia para acompanhar o ténis nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
As origens
As regras do ténis foram oficializadas em 23 de fevereiro de 1874 pelo inglês Walter Clopton Wingfield. O primeiro torneio de Wimbledon realizou-se três anos mais tarde.
O ténis foi incluído nos Jogos Olímpicos desde o início da era moderna, em Atenas, em 1896, mas foi excluído do programa olímpico após os Jogos de Paris, em 1924, na sequência de um litígio com o Comité Olímpico Internacional (COI) sobre a participação de jogadores profissionais, e só regressou aos Jogos em 1988, em Seul.
As provas
Em Paris, o ténis será disputado em singulares masculinos e femininos; e em pares masculinos, femininos e mistos.
O ténis opõe dois jogadores (ou dois pares de jogadores) num campo com 23,77 metros de comprimento e 8,23m de largura para jogos entre singulares e 10,97m de largura em pares. O campo é dividido em dois por uma rede de 0,914m de altura.
Nos Jogos Olímpicos de Paris, todas as partidas serão disputadas à melhor de três sets, com um tie-break em cada set, incluindo o terceiro set, com exceção do torneio de pares mistos, em que um super tie-break de dez pontos com uma margem de dois pontos substituirá o terceiro set.
A competição
Em cada torneio individual, participarão 64 jogadores, incluindo 16 jogadores cabeças-de-série; nos pares, 32 equipas, com 8 cabeças-de-série; e nos pares mistos, 16 equipas, com 4 cabeças-de-série.
Os finalistas disputarão as medalhas de ouro e de prata e os medalhistas de bronze serão determinados pelos duelos entre os derrotados das meias-finais.
Número de participantes: 172 (86 homens e 86 mulheres). Cada país não pode inscrever mais de 12 jogadores no total, ou seja, 6 homens e 6 mulheres, e não pode inscrever mais de quatro jogadores em cada prova de singulares e duas equipas em cada prova de pares.
Os jogos de ténis terão lugar de 27 de julho a 4 de agosto em Roland Garros (campo de terra batida).
Duelos épicos
O rei de Roland Garros, o espanhol Rafael Nadal, terá mais um encontro com a história em Paris. Na reta final da carreira, vai procurar uma medalha em singulares (depois de ter conquistado o ouro em Pequim) e outra em pares (ouro no Rio), formando uma dupla de ouro com a nova sensação do circuito mundial, o compatriota Carlos Alcaraz.
Novak Djokovic também quer aumentar o seu impressionante palmarés. O rei de 24 Grand Slams procura o ouro olímpico, o único grande título que ainda lhe foge.
Num torneio de singulares de luxo, Alcaraz - que ganhou o primeiro Roland Garros em junho - também começa como favorito, juntamente com o italiano Jannik Sinner e o alemão Alexander Zverev, finalista do torneio francês e campeão olímpico em Tóquio.
No lado feminino, a polaca Iga Swiatek detém todo o favoritismo em Roland Garros, onde surpreendeu ao ganhar o título em 2020 e confirmou a supremacia ao conquistar as últimas três coroas.
Sem Golden Slam
Ganhar um Carrer Slam (Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Open dos Estados Unidos) no mesmo ano é um feito apenas alcançado apenas por Donald Budge (1938) e Rod Laver (1962 e 1969) no lado masculino e Maureen Connolly (1953), Margaret Court (1970) e Steffi Graf (1988) no lado feminino.
Mas, de quatro em quatro anos, os Jogos Olímpicos entram em cena e abre-se a possibilidade de conquistar um Golden Slam (quatro majors e os Jogos). Só Steffi Graf conseguiu realizar esse sonho em 1988, ganhando os quatro majors e a medalha de ouro.
Em Paris, o Golden Slam não está em jogo, pois antes de Alcaraz em Roland Garros, Sinner venceu na Austrália.