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Paris-2024: Borges e Cabral não encontraram a fórmula para contrariar poderio germânico

Francisco Cabral e Nuno Borges despediram-se na estreia, na segunda ronda de pares
Francisco Cabral e Nuno Borges despediram-se na estreia, na segunda ronda de paresLUSA
Nuno Borges e Francisco Cabral nunca tiveram argumentos para contrariar a ‘agressividade’ dos alemães Jan-Lennard Struff e Dominik Koepfer, com os tenistas portugueses a despedirem-se da estreia em Jogos Olímpicos na segunda ronda de pares em Paris-2024.

Recorde as incidências da partida

Os parciais da derrota frente ao duo germânico traduzem bem o que aconteceu hoje no court 9 do complexo de Roland Garros: os dois amigos nortenhos perderam por um expressivo duplo 6-2, em apenas 56 minutos, depois de nunca descobrirem a fórmula para contrariar a assertividade dos adversários.

A única esperança de um bom resultado no quarto dia dos Jogos Olímpicos reuniu o ‘Estado-Maior’ da Missão portuguesa: o presidente José Manuel Constantino, o chefe de Missão, Marco Alves, o diretor desportivo, Pedro Roque, e os dois adidos, Diana Gomes e Pedro Pauleta, além do presidente da Federação Portuguesa de Ténis, Vasco Costa.

Os portugueses começaram mal, sendo quebrados logo de entrada, depois de um serviço errático de Cabral. Seria um prenúncio do que se veria ao longo de praticamente todo o encontro, com os dois amigos estranhamente apáticos, perante um duo germânico poderoso – não houve um mínimo vislumbre da alegada lesão que levou Struff a desistir de singulares.

Apesar de terem elevado o nível, os lusos foram novamente quebrados no serviço de Cabral, para ficarem a perder por 4-1, numa altura em que os alemães não falhavam uma bola (aliás, foi assim até ao final).

Enquanto os portugueses lutavam para não sofrer novo ‘break’, logo ao lado o Suzanne Lenglen vinha abaixo com a entrada dos espanhóis Rafael Nadal e Carlos Alcaraz no court, também para jogarem o seu encontro da segunda ronda de pares.

Embora tenham anulado dois ‘set points’ no sétimo jogo, Borges e Cabral tinham o set perdido – ganharam apenas um ponto na resposta - e, 26 minutos depois de começar, os alemães fecharam-no por 6-2.

Nem uma bola de sorte no 30-15 conseguiu inverter o ‘momentum’, com o número um nacional da variante a falhar muito na rede e também no serviço.

Os portugueses estavam sem reação e os alemães continuavam sem falhar, parecendo que Struff conseguiu estudar mais Cabral do que o inverso no inusitado encontro da primeira ronda de pares, para o qual o maior especialista da variante foi chamado à última hora para substituir o australiano Alex de Minaur, sexto jogador mundial.

‘Fora’ do encontro, os lusos só ganharam seis pontos na resposta, num dia para esquecer para ambos, em que nem o entrosamento de anos apareceu para os ‘salvar’.

Um berro de Borges quando conseguiram fazer o primeiro jogo do segundo set, para o 4-1, despertou o duo nacional. “Vai, vai”, gritou o portuense, antes de conseguirem adiantar-se para 30-0, mas Struff afastou as dificuldades com três bons serviços.

Os alemães enfrentaram um ‘break’ no sexto jogo, salvo novamente com um serviço potente do mais cotado dos adversários.

A tímida reação portuguesa esbarrou no ‘gigante’ Struff, mas ainda se prolongou no sétimo jogo, em que Cabral finalmente segurou o seu serviço e deu uma ténue esperança à Missão portuguesa, rapidamente anulada por Koepfer, que, com um jogo em branco, fechou o encontro.

Aos 27 anos, o maiato Borges, número um nacional e 42.º mundial de singulares, e o portuense Cabral, 82.º de pares, despedem-se da sua estreia em Jogos Olímpicos igualando o resultado de João Sousa e Gastão Elias, que no Rio2016 chegaram à segunda ronda de pares.