Portugueses com as medalhas na mira
08:20-11:20
Além de Filipa Martins (já lá vamos), esta quinta-feira há portugueses com hipóteses e objetivos reais de abrirem a contagem no medalheiro. A primeira é Ana Cabecinha que, apesar de ter sido mãe há menos de três meses, é sempre um nome forte na marcha feminina, prova que arranca às 08:20 e contará com a compatriota Vitória Oliveira.
Pouco depois, atenções voltadas para o tatame e a piscina. Bronze em Pequim-2020 e bicampeão mundial, o judoca Jorge Fonseca entra em cena por volta das 10:15 na categoria -100kg e, ainda antes, Patrícia Sampaio é também uma forte possibilidade a surpreender no tatame feminino -78kg.
Diogo Ribeiro está de volta às piscinas de Paris para competir nos 50 metros livres masculinos, no heat 7. Imediatamente antes do nadador de 19 anos, entra em cena Miguel Nascimento, ambos por volta das 10:15. Além da competição masculina, Portugal tem ainda Camila Rebelo nos 200 metros costas femininos (10:00). O início das provas de natação está agendado para as 10:00. Também em água, mas no mar, Eduardo Marques dá início à sua participação no dinghy masculino na vela.
Ginástica
Individual feminino all around
17:15, Paris, Bercy Hall
A final da ginástica artística feminina apresenta um confronto entre duas recentes campeãs olímpicas, que têm como adversária a brasileira Rebecca Andrade, esperança e medalha de prata em Tóquio, e... Filipa Martins. A ginasta portuguesa, possivelmente nos seus últimos Jogos Olímpicos, já fez história ao ser a primeira do país a chegar à final. A partir daqui, como se diz na gíria, é lucro, mas se a portuense apresentar o mesmo nível das eliminatórias, pode entrar numa luta pelas medalhas, principalmente se as adversárias cometerem erros...
No entanto, pela frente tem alguém chamado Simone Biles, o ícone do regresso, e vencedora das eliminatórias. A sua forma sugere que poderá aspirar a ganhar a sexta medalha de ouro e, caso o consiga, será a terceira ginasta mais medalhada da história, com apenas Vera Chaslavska (7) e Larisa Latynina (9) à sua frente.
O ouro nos últimos Jogos Olímpicos foi conquistado pela sua compatriota Sunisa Lee, após a desistência devido a questões de saúde mental de Biles, que terminou em terceiro lugar na qualificação. No caso dela, será um momento único. Se conseguir defender o título, tornar-se na primeira mulher a vencer esta difícil prova em dois Jogos Olímpicos consecutivos em 56 anos, depois da já referida Vera Chaslevskaya. Para além disso, Biles teria um segundo ouro nesta disciplina em caso de triunfo, tendo já ganho no Rio-2016.
Ténis
Taylor Fritz, Tommy Paul - Daniel Evans, Andy Murray, quartos de final
15:30, Paris, Roland Garros, court Suzanne Lenglen
O último torneio da carreira de Andy Murray é uma grande festa emocional. Embora o tenista britânico se tenha retirado da competição de singulares pouco antes do sorteio, ele e Daniel Evans estão a mostrar como o ténis pode ser bonito em pares. Crença, combatividade e vontade são qualidades que Murray demonstrou ao longo de toda a carreira e, em Paris, na sua última dança, está a provar, com grandes exibições e finais miraculosos, que não perdeu nenhuma delas.
Murray e o compatriota estiveram por duas vezes muito perto da eliminação. No entanto, escaparam a cinco match points na primeira ronda e a dois na segunda. Desta vez, porém, a sua imortalidade será posta à prova pela poderosa dupla americana formada por Taylor Fritz e Tommy Paul. Caso vençam, há um lugar garantido nas meias-finais, se não, é um grande adeus. É por isso que os organizadores colocaram este jogo no final do horário, no court de Suzanne Lenglen.
Natação
200m mariposa, feminino
4x200m livres, feminino
19:30, 21:03 Paris, Centro Aquático
Em ascensão, mas já uma estrela da natação, Summer McIntosh já conseguiu ganhar duas medalhas nestes primeiros Jogos Olímpicos da carreira. Aos 17 anos, é provável que tente ganhar mais duas na quinta-feira. A jovem canadiana mostrou capacidades nos 200 metros mariposa nas eliminatórias de quarta-feira, onde acabou por vencer o resto da concorrência por mais de um segundo nas meias-finais, com exceção de Regan Smith. Assim, pode somar um segundo ouro (o primeiro ganhou nos 400m estilos) no início da noite de natação.
Mas o programa de medalhas também oferece a McIntosh uma hipótese de fazer história ao lado da ícone Katie Ledecky. Embora a composição das estafetas nos 4x200 metros livres seja decidida mais tarde na quinta-feira, é seguro assumir que nenhuma delas vai perder a batalha por outro metal precioso. McIntosh será definitivamente um dos pilares do Canadá, mesmo que entre na corrida apenas uma hora e meia depois da primeira prova. Ledecky, se ganhar, tornar-se na mulher mais bem sucedida da história da natação olímpica, com 13 medalhas. Mas a Austrália, com a dupla de estrelas Ariadne Titmus e Mollie O'Callaghan, vai definitivamente dar luta pelo ouro.