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Paris-2024: Nas meias-finais, Iga Swiatek sofreu "uma das piores derrotas da carreira"

Iga Swiatek salvou o bronze em Paris
Iga Swiatek salvou o bronze em ParisAFP
Depois de ter sofrido "uma das piores derrotas da carreira" contra a chinesa Zheng Qinwen nas meias-finais do torneio olímpico, a polaca Iga Swiatek recuperou para conquistar a medalha de bronze esta sexta-feira, "um sonho tornado realidade".

- O que é que torna este torneio olímpico especial?

- Sinceramente, nunca vivi nada assim, nem mesmo num Grand Slam. É um sonho tornado realidade conseguir esta medalha. Senti muita tensão e stress durante toda a semana, o que me deixa ainda mais orgulhosa por ter conseguido voltar hoje (sexta-feira) e ganhar (contra a eslovaca Anna Karolina Schmiedlova por 6-2 e 6-1). Porque ontem (quinta-feira) foi provavelmente uma das piores derrotas da minha carreira.

- Como superou a derrota?

- Chorei muito depois de perder na Austrália (em 2021), depois do meu primeiro Grand Slam em Roland Garros. Durante três dias, pelo menos. Se não tivesse jogado hoje, talvez tivesse chorado durante uma semana. Tem sido muito difícil. Na maior parte das vezes, consigo relativizar as coisas, dizendo a mim próprio que é apenas desporto, apenas ténis. Mas, desta vez, é como se alguém me tivesse partido o coração. Apercebi-me de que ainda tenho muito trabalho a fazer para me conhecer melhor. Por ter sido número um durante tanto tempo, pensei que era imune a tudo, mas este torneio mostrou-me que não é assim. Penso que me vai dar um pouco mais de humildade. Pode ajudar-me a tornar-me um melhor jogador no futuro.

- Como explica o facto de ter sentido tanta pressão?

- Ontem percebi que não estava a jogar apenas por mim, mas pelo meu país, por todos os que esperam que eu traga para casa uma medalha de ouro. Só me apercebi de como isso era profundo dentro de mim depois de ter perdido. Não joguei o meu melhor ténis aqui, não me movimentei tão bem como de costume, especialmente no saibro. Há também o facto de que, se perdermos no circuito, teremos outra oportunidade no ano seguinte, ao passo que nos Jogos Olímpicos isso só acontece de quatro em quatro anos. Não se pode tirar isso completamente da cabeça.