O antigo número 13 do mundo disputou apenas um jogo de singulares no ATP Tour em dois anos, depois de ter lesionado o joelho, o pé e o pulso.
O tenista já deu a entender várias vezes que se vai retirar, mas disse ao programa Code Sports da News Corp, na segunda-feira, que vai regressar para o evento da Liga Mundial de Ténis em dezembro, antes de tentar jogar no Open da Austrália em janeiro.
"Vou voltar porque há algo que me mantém na zona do ténis", disse.
"Derrotei praticamente toda a gente que me foi colocada à frente, cheguei à final de um Grand Slam, ganhei um título de pares num Grand Slam, ganhei vários títulos e ganhei dinheiro", continuou.
"Mas acho que a única coisa que agora é o meu objetivo é um Grand Slam. Penso que essa será a única coisa que calará a boca das pessoas no final do dia. Essa será a minha grande motivação", completou.
Kyrgios, que foi comentador do torneio durante a sua ausência, chegou à sua primeira final do Grand Slam em Wimbledon em 2022, perdendo em quatro sets para Novak Djokovic.
Nunca conseguiu entrar no top 5 numa era dominada por Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer, a que se junta o seu temperamento por vezes frágil, que levou alguns especialistas a considerá-lo um talento desperdiçado.
Mas com Nadal a anunciar a sua reforma na semana passada e Djokovic agora com 37 anos, Kyrgios acredita que o circuito está "mais aberto do que nunca".
"Acho que me rotularam de rebelde só porque eu estava um pouco fora da caixa. Acho que já não tenho essa perceção junto do público australiano, mas no início da minha carreira, as pessoas pensavam que eu era um criminoso", disse.