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Open de Madrid envolto em polémica devido à roupa das apanha-bolas

As apanha-bolas do Open de Madrid a aplaudirem Alcaraz na apresentação de um dos seus jogos
As apanha-bolas do Open de Madrid a aplaudirem Alcaraz na apresentação de um dos seus jogos AFP
Durante todo o torneio, um dos temas mais falados foi a roupa usada pelos apanha-bolas nos jogos do quadro masculino disputados no court central. Depois de muita polémica, a organização decidiu mudar a vestimenta para a final entre Alcaraz e Struff.

Uma saia muito curta e um top decotado que deixava a barriga das protagonistas à mostra. Foi esta a combinação de peças de vestuário que suscitou a controvérsia de um vasto setor que não compreendia as diferenças entre os rapazes apanha-bolas do Manolo Santana, no quadro feminino, e as raparigasm, no masculino.

Os homens, por seu lado, usavam um simples pólo da marca patrocinadora do torneio e calções. Com estas distinções, começaram a surgir críticas e comparações com outros torneios onde a roupa utilizada é muito mais uniforme. A objetificação destas mulheres foi apontada como forma de valorizar o espetáculo.

Durante as duas semanas que durou, o Open de Madrid foi atacado por muitos quadrantes por considerarem esta ação uma falta de respeito para com as apanha-bolas. Além disso, a competição foi classificada como sexista no dia do aniversário de Carlos Alcaraz.

A instigadora foi a bielorrussa Victoria Azarenka, que considerou um ato desonesto o facto de os organizadores terem felicitado o espanhol com um bolo muito maior do que o oferecido à sua compatriota Aryna Sabalenka, que faz anos no mesmo dia: "Não podiam ter sido mais precisos no tratamento", afirmou no Twitter.

Feliciano López não se conteve e respondeu com outro tweet em que ironizava as palavras da campeã de pares femininos: "Estou surpreendido com esta reação depois deste gesto! 1. Carlos tinha acabado de ganhar o seu jogo para chegar à final; 2. Estava a jogar no court central; 3. O torneio é disputado em Espanha, apesar de ser um evento internacional. PS: Espero que o Rune não tenha ficado também chateado com o seu tratamento - recebeu um bolo mais pequeno do que o Sabalenka", disse o diretor do Masters 1.000 numa infeliz publicação.

Retificação na final de singulares

Esse confronto serviu para alimentar o problema causado pelos uniformes das apanha-bolas, levando os dirigentes a decidirem mudar a vestimenta, tanto na final masculina quanto na feminina.

Na parte de baixo, foram escolhidas calças para as finais masculina e feminina. Para a parte de cima, os rapazes continuaram com um pólo, enquanto as raparigas receberam uma camisola de alças que cobria todo o tronco. Em ambos os casos, o azul-marinho foi a cor predominante.

Outro ponto de discórdia, que é comum em todas as edições do Open de Madrid, é o facto de as equipas de apanha-bolas no court central serem maioritariamente compostas por modelos - homens e mulheres - enquanto as restantes equipas são compostas por rapazes e raparigas mais jovens.