Recorde as incidências da partida
Rafa Nadal já tem um herdeiro espanhol como campeão do Open de França. Ainda longe das suas múltiplas conquistas, mas o jogador de El Palmar já tem um Roland Garros na sua lista de vencedores, igualando assim o seu treinador, Juan Carlos Ferrero, e outros grandes tenistas espanhóis como Carlos Moyà e Albert Costa.
Foi um jogo duro e exigente. O espanhol enfrentou um Alexander Zverev duro, que não lhe deu nada e que lhe dificultou a final de um Roland Garros especial, sem Djokovic ou o já referido Nadal na decisão do título .
O primeiro set foi cheio de nervos e tensão. Alcaraz, com o seu forehand, procurou o break para um Zverev pragmático e utilizou o serviço como a sua ferramenta de dano. Mas o jogador de El Palmar levou a melhor, ganhou o break point e venceu o primeiro set com um confortável 3-6.
O alemão, como era de esperar, não ficou parado: no segundo set, fez um jogo inteligente. A potência do seu backhand causou problemas a um Alcaraz pouco à vontade para responder às bolas longas de Zverev, que ficou com um tranquilizador 6-2.
O pior momento de Alcaraz
Alcaraz teve um melhor começo no terceiro set. Passou para 2-5 depois de salvar o seu serviço, no que parecia ser o ponto de viragem decisivo para se colocar de novo na liderança e no caminho para a vitória no processo. No entanto, Zverev inverteu a situação, ganhando os seus serviços com autoridade e complicando o espanhol, que acabou por cometer demasiados erros não forçados e ceder ponto a ponto, jogo a jogo... O alemão somou cinco jogos consecutivos para recuperar e vencer o set por um 7-5 que pôs a nu os nervos do espanhol.
Recuperação fantástica de Carlitos
A situação tinha-se tornado muito complicada. Parecia que Zverev tinha tudo sob controlo a nível desportivo e mental. Mas isso é o que pensaria qualquer pessoa que não conhecesse Alcaraz. Quando tudo parecia mais complicado, o ex-número um mundial voltou a encantar os adeptos no court central para assumir uma espetacular vantagem de 0-4 graças à sua agressividade, aproveitando os erros não forçados do teutão e vencendo esse quarto set com um 1-6 que deixou tudo por definir no quinto set .
É aí, depois de três horas e meia de ação, numa final de um Grand Slam, que entram em jogo outras coisas para além do nível de cada jogador, como o físico e a mentalidade. O mais pequeno pormenor, a mais pequena fraqueza, pode fazer-nos desmaiar. E depois, regressar pode tornar-se uma missão impossível. O primeiro a cometer um erro foi o jogador do Hamburgo. Com 1-1, cedeu um break a Alcaraz, que o consolidou ao fazer 1-3 e salvar quatro break points. Que grande nível do espanhol.
O melhor para ele é que não só o manteve como o aumentou, jogando sempre bem nos pontos decisivos. Voltou a quebrar o serviço do adversário e fez 2-5 no serviço para ganhar a sua primeira Taça dos Mosqueteiros. E, claro, o novo rei da terra batida, Carlos I, agarrou-a com força.
