O número um do mundo vai iniciar a sua tentativa de conquistar o quarto título de Roland Garros e o 25.º Grand Slam, um recorde, quando defrontar o wildcard francês Pierre-Hugues Herbert na terça-feira. O registo de vitórias e derrotas este ano é um dececionante 14-6 e ainda não chegou a uma final.
Djokovic chega a Paris depois de uma surpreendente derrota nas meias-finais de um evento de preparação discreto em Genebra, frente ao checo Tomas Machac, após o que disse estar "preocupado" com a sua forma.
"Baixas expectativas e grandes esperanças", disse Djokovic aos jornalistas quando lhe perguntaram como se sentia a caminho do torneio: "Quase me sinto um pouco envergonhado por dizer quais são as minhas expectativas. Tudo o que não seja um título para mim não é satisfatório. Tem sido sempre assim. Sei que pode parecer arrogante para muita gente, mas acho que tenho uma carreira que o sustenta."
A última vez que Djokovic entrou no Open de França sem um título no ano civil, foi eliminado nos quartos de final de 2018 pelo italiano Marco Cecchinato.
Quando a estrela sérvia levantou o 24.º Slam recorde masculino no US Open do ano passado - o terceiro grande título de 2023 - parecia que ele estava pronto para dominar novamente esta temporada.Mas ainda está à espera de sair de um empate com Margaret Court para o recorde de todos os tempos de títulos do Grand Slam, depois de perder para o eventual campeão Jannik Sinner nas meias-finais do Open da Austrália.
"De certa forma, o facto de continuar a jogar ao mais alto nível é uma das principais razões para tentar escrever mais história do desporto e ganhar os maiores títulos", acrescentou Djokovic: "Paris é definitivamente um deles. É por isso que as minhas esperanças e objectivos são sempre os mesmos, mas tenho de baixar as expectativas. Quando digo isto, refiro-me a não pensar com muita antecedência no torneio e em quem poderei defrontar nas últimas rondas, mas sim em viver o dia a dia, passo a passo, e construir o meu jogo. Porque é com isso que me tenho debatido, não jogar a um nível consistentemente bom."
Djokovic sofreu várias derrotas surpreendentes nos últimos meses - perdeu para o então número 123 do mundo Luca Nardi em Indian Wells e para o chileno Alejandro Tabilo, 32.º classificado, em Roma. Mas nenhum dos rivais do veterano consegue igualar a sua experiência de chegar às últimas fases dos eventos do Grand Slam.
"Sei exatamente o que tenho de fazer num ambiente de Grand Slam", afirmou.
Rafael Nadal está de volta a um grande torneio pela primeira vez desde o Aberto da Austrália de 2023 e Djokovic espera encontrar tempo em sua agenda lotada para assistir ao confronto de dar água na boca de seu antigo rival na primeira rodada com o quarto cabeça-de-chave Alexander Zverev na segunda-feira.
"Vou de certeza assistir. Tenho obrigações durante o dia, mas vou tentar apanhar o máximo que puder desse jogo. Penso que toda a gente vai querer ver o que vai acontecer", concluiu.
A única forma de Djokovic e Nadal se encontrarem pela 60ª vez na próxima quinzena é se se defrontarem na final pela quarta vez.