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Ténis: Rio Open é chance para Carlos Alcaraz ter novo rumo em 2024

AFP
Nome de Alcaraz está na história do Rio Open
Nome de Alcaraz está na história do Rio OpenProfimedia
Depois de tropeçar na Austrália e na Argentina, o espanhol Carlos Alcaraz tem a chance de corrigir o seu inesperado início de temporada no torneio que o revelou para o topo do mundo do ténis: o ATP 500 do Rio de Janeiro, o principal evento da América do Sul, cuja chave principal começa nesta segunda-feira.

Alcaraz, número dois do mundo, regressa ao terreno de terra batida do Jockey Club, onde em 2022 se tornou o jogador mais jovem a vencer um torneio ATP 500 e começou a sua transformação de promessa a confirmação.

O espanhol tenta reagir ao mau início do ano. Perdeu no sábado, nas meias-finais do ATP 250, em Buenos Aires, para o chileno Nicolas Jarry e, nos quartos de final do Open da Austrália, caiu para o alemão Alexander Zverev (6), há quase um mês.

"Joguei um bom ténis, mas longe do meu nível real", disse depois de ficar de fora da defesa do título na Argentina.

Alcaraz vai estrear-se na terça-feira, contra o brasileiro Thiago Monteiro (118 do ranking ATP), na primeira ronda de um torneio que comemora a sua 10.ª edição.

A primeira, em 2014, foi vencida pelo espanhol Rafael Nadal. Seguiram-se nomes como David Ferrer, Diego Schwartzman, Dominic Thiem e Christian Garín, mas nenhum deles repetiu a conquista.

A eventual conquista do bicampeonato pode ter um sabor de vingança para o espanhol, único Top 10 do mundo no evento carioca e que completa sete meses sem ganhar um título. O último foi em Wimbledon, em julho.

Velhos conhecidos

No ano passado, debilitado por problemas físicos, perdeu a final do Rio Open para o britânico Cameron Norrie, que regressa à Cidade Maravilhosa e procura vingar a eliminação precoce (oitavos-de-final) sofrida na Argentina.

Norrie, 28 anos, começa a defesa do título nesta segunda-feira contra Hugo Dellien (135), da Bolívia.

Norrie encara boliviano na estreia do Rio Open
Norrie encara boliviano na estreia do Rio OpenAFP

Mas há outros jogadores à espreita numa competição que exige mais do que talento num Rio que ainda está de ressaca do fim do seu famoso Carnaval.

A quente e húmida cidade costuma sofrer com fortes tempestades nesta época do ano, causando grandes interrupções na sua programação. 

Jarry vingou-se em Buenos Aires das duas derrotas sofridas pelo pupilo de Juan Carlos Ferrero no ano passado, quando foi derrotado na meia-final no Rio e na terceira ronda em Wimbledon.

Jarry vingou-se de Alcaraz em Buenos Aires
Jarry vingou-se de Alcaraz em Buenos AiresAFP

Renascido após a suspensão por doping que o afastou por 11 meses em 2020, o chileno enfrenta o alemão Yannick Hanfmann na terça-feira, depois de perder a final de Buenos Aires no domingo para o local Facundo Diaz Acosta.

Atrás dele na lista de favoritos, estão os argentinos Francisco Cerúndolo e Sebastián Báez e o sérvio Laslo Djere.

Novos rostos

O craque do ténis francês Arthur Fils é o jogador mais jovem no ranking atual dos 50 melhores do mundo.

O francês de 19 anos fará a sua estreia no Jockey Club, que esgotou os bilhetes há meses, depois de uma ascensão meteórica em 2023 que o levou do 251.º lugar para o atual 36º.

Arthur Fils quer mostrar o seu valor no Rio Open
Arthur Fils quer mostrar o seu valor no Rio OpenAFP

Fils vai fazer a estreia contra outro jovem promissor, o brasileiro João Fonseca, de 17 anos, que recebeu um wildcard pelo segundo ano consecutivo.

Vencedor do US Junior Open de 2023, Fonseca é a nova esperança de um país que ainda sente falta do reformado Gustavo Kuerten, considerado o melhor tenista brasileiro da história.

O suíço Stan Wawrinka, ex-número três do ranking mundial, também fará a sua primeira aparição no Rio e haverá velhos conhecidos, como os espanhóis Roberto Carballés, Jaume Munar, Bernabé Zapata e Albert Ramos.