Recorde as incidências da partida
Alcaraz perdeu em três sets para o neerlandês Botic van de Zandschulp, 74.º do ranking mundial, numa derrota que prolonga as suas recentes desilusões nesta digressão em hard court e, especialmente, com a derrota para Novak Djokovic na final dos Jogos Olímpicos de Paris.
- Como se sentiu em campo, estava a 100 por cento?
- Ele (Van de Zandschulp) jogou muito bem. Pensei que ele me ia dar mais pontos de graça, mas não cometeu muitos erros que eu pensava que ele ia cometer. Isso confundiu-me um pouco e não sabia como lidar com isso.
- Teve um calendário muito preenchido com Roland Garros, Wimbledon e os Jogos Olímpicos, acha que chegou a este torneio com menos energia do que noutros anos?
- Provavelmente. O calendário do ténis é muito apertado. Fiz uma pequena pausa depois dos Jogos e pensei que era suficiente, mas provavelmente cheguei aqui sem tanta energia como pensava.
- Quais foram as suas emoções durante o jogo?
- Foi uma luta contra mim próprio. No ténis, jogamos contra alguém que quer o mesmo que nós, ganhar o jogo, mas hoje, na minha cabeça, estava a jogar contra o adversário e contra mim próprio. Foram muitas emoções que não consegui controlar.
- O facto de ter estado tão perto da medalha de ouro olímpica foi um peso mental para si?
- Nem por isso. No início foi difícil para mim, mas depois fiquei muito orgulhoso da minha prata e não pensei mais nisso.
- Esta derrota terá sido o preço de um verão tão intenso?
- O que sinto agora é que, em vez de dar passos em frente, dei passos para trás. E não percebo porquê. Vinha de um verão espetacular, de (ganhar) Roland Garros e Wimbledon. Pensei que tinha dado um passo em frente. Para ganhar grandes coisas é preciso ser duro de cabeça, mas vim para esta digressão e dei um passo atrás. Mentalmente não estou bem, não sou forte, não sei controlar-me perante os problemas e isso é um problema. Tenho de me conhecer melhor, saber o que preciso em cada momento e talvez mentalmente exija mais de mim do que devia.
