Recorde as incidências da partida
Christopher O'Connell (87.º do ranking mundial) sussurrou para o seu treinador durante o jogo: "Não tenho tempo". Foi uma frase que resumiu a sua impotência contra Jannik Sinner, que foi extremamente sólido, mesmo que sem grande entusiasmo, vencendo por 6-1, 6-4 e 6-2.
O australiano não tinha mesmo armas para quebrar o jogo do italiano, cujo espírito parece estar a ficar gradualmente mais leve sob o peso da revelação, pouco antes do início do torneio, dos dois testes de doping positivos a que se submeteu em março para um anabolizante e dos quais foi ilibado.
"Sabia que tinha de ser sólido durante todo o jogo. Tudo correu bem e estou satisfeito com o meu desempenho de hoje", comentou o número 1 do mundo, com sobriedade.
Depois de ter perdido o primeiro set na primeira ronda, e de ter tido um início um pouco complicado na segunda, Sinner controlou completamente o seu adversário na terceira ronda.
Em 2022, foi derrotado pelo eventual vencedor Carlos Alcaraz num duelo de altíssimo nível, mas este ano seu rival espanhol não passou da segunda ronda e Novak Djokovic caiu na terceira, deixando o sorteio do US Open mais aberto do que nos últimos vinte anos.
Sinner, por seu lado, encara-o mais como uma ameaça do que como uma abertura: as derrotas precoces dos dois últimos vencedores do torneio provam que "tudo pode acontecer neste desporto", sublinhou o jovem de 23 anos, à procura do segundo título do Grand Slam, depois de ter vencido o Open da Austrália em janeiro.
"Tenho de pensar em mim e viver um dia de cada vez. Todos os adversários são difíceis. Já houve algumas surpresas, por isso vamos ver o que acontece. Já estou contente por estar na corrida e vou tentar jogar o máximo de jogos possível", disse o jovem de 23 anos.