Paula Badosa foi número dois do mundo em 2022, mas uma série de lesões, especialmente uma lesão crónica nas costas, que ameaçou acabar prematuramente com a carreira da espanhola, levou-a a cair fora do top 50.
Apesar de os médicos a terem avisado de que poderiam surgir complicações se continuasse, a espanhola conseguiu um regresso à carreira e conquistou o seu primeiro título em dois anos no início deste mês, no Open de Washington, para começar o US Open com uma nota alta.
"O ponto mais baixo para mim foi a meio da época. Foi muito mau. Vindo de uma lesão no início, nunca se sabe o que esperar", disse Badosa depois de vencer Elena-Gabriela Ruse (26 anos) por 4-6, 6-1 e 7-6 na terceira ronda.
"No início da época, estava bem, mas depois de ver que estava a lutar também com as minhas costas, não estava a reagir bem. Os meus resultados não eram os que eu esperava naquele momento. Por isso, foi muito mau. Na minha cabeça, estava a pensar que talvez devesse desistir, porque se não estiver ao mais alto nível, não quero praticar este desporto. Não quero estar no ranking em que estava naquele momento. Para mim, não faz sentido", explicou.
Apesar dos pontos baixos, Badosa disse que se manteve fiel à sua equipa e confiou no processo, acrescentando que precisava de "tempo e paciência" e que as suas costas responderam bem.
A jogadora de 26 anos sente que está agora a jogar a "um dos melhores níveis" da sua carreira.
"Veio depois da época de terra batida, antes da relva. Comecei a sentir-me melhor. Aos poucos, ganhamos jogos, começamos a acreditar em nós próprios", disse.
"O mais importante é que as minhas costas estavam a reagir muito bem. Depois disso, acho que perdi jogos muito renhidos, mas o nível estava lá. Finalmente, aqui nos EUA, pude prová-lo. Acho que todo o meu trabalho valeu a pena. Significa muito, e depois do que passei no último ano, para mim é muito especial estar já a este nível... No início do ano, eu estava obcecada. Queria fazer o regresso do ano, não importava o quê", assumiu.