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Alcaraz, o bicampeão de Wimbledon, é o herdeiro de Nadal

Carlos Alcaraz, o Rei de Wimbledon
Carlos Alcaraz, o Rei de WimbledonAFP
O espanhol, que já tem quatro títulos do Grand Slam, segue os passos do seu compatriota, que tem 22 títulos.

Recorde aqui as incidências do encontro

"Já joguei contra Nadal, Federer e Djokovic, mas Alcaraz é mais duro do que todos eles", disse o russo Daniil Medvedev na sexta-feira, depois de perder para o jovem de 21 anos nas meias-finais de Wimbledon.

"O Rafa pode estar a 10 metros de distância e está a correr para todas as bolas e a dar boas pancadas. Penso que o Carlos é diferente no sentido em que algumas pessoas preferem ser defensivas, outras preferem contra-atacar, outras preferem ser agressivas.... Ele faz tudo isso", acrescentou.

Djokovic, no mesmo dia, também elogiou a nova pérola do ténis espanhol.

"É merecidamente um dos melhores jogadores de 21 anos que já vimos no desporto. Vai ganhar muitos mais Grand Slams", disse o tenista dos Balcãs.

O sérvio já tinha dito em 2023 que o flamejante vencedor de Wimbledon, em 2023 e agora 2024, tem a dureza mental de Rafael Nadal, a elegância e o talento de Roger Federer e a versatilidade e adaptabilidade do próprio Novak.

Quatro títulos de Grand Slam

Carlos, que conquistou em Londres o seu quarto título do Grand Slam, depois de ter vencido o Open dos Estados Unidos em 2022, Wimbledon em 2023 e Roland Garros em 2024, recordou no ano passado uma frase que lhe foi transmitida pelo avô, a máxima com que este o aconselhava a jogar: "Cabeça, coração e tomates".

O próprio Nadal elogiou o seu sucessor no início deste ano.

"Carlos tem um nível de ténis incrível. É um tenista muito completo em todos os aspetos, não vejo nenhum ponto fraco. Na idade dele eu tinha um serviço pior, um vólei pior, um backhand pior. Tinha muitas coisas tecnicamente piores do que ele tem no seu repertório. É um muito bom miúdo e tem as coisas claras e é assim que o transmite", disse o espanhol.

O amor pelo ténis foi-lhe transmitido pelo pai: "Em criança, via-se que evoluía bem, que competia bem. E, de menos para mais, víamos que estaba a queimar etapas, que se destacava em cada fase e dás-te conta que, com 15 ou 16 anos, está a um nível muito elevado", recordou o pai numa entrevista ao jornal murciano La Verdad.

Se o culpado pela sua paixão pelo ténis foi o pai, quem o fez evoluir e continuar a crescer foi o treinador Juan Carlos Ferrero, um dos melhores tenistas espanhóis da história, que venceu Roland Garros em 2003 e foi número um da ATP.

Ferrero, o mentor

O valenciano tem uma academia de ténis na província de Alicante, onde capta e desenvolve jovens talentos. Durante os seus jogos, Alcaraz olha constantemente para o camarote, onde se encontra Ferrero, para o orientar.

A Espanha, com Nadal e Alcaraz, tem dois dos melhores tenistas dos últimos tempos e da história. Por obra do destino, juntaram-se como dupla para disputar a competição de pares nos Jogos Olímpicos de Paris. Depois de ganhar Wimbledon, o tão desejado ouro olímpico é o próximo capítulo da carreira de Alcaraz.

Alcaraz beija o troféu.
Alcaraz beija o troféu.AFP

O natural de El Palmar vai procurar a sua primeira medalha nos Jogos, enquanto Rafa, 38 anos, ganhou o ouro em singulares em Pequim (2008) e em pares no Rio de Janeiro (2016).

Um ouro juntos seria uma boa maneira de selar a troca de gerações.