Os tenistas que podem surpreender os favoritos em Wimbledon 2023
O eterno Novak Djokovic parece ser o grande favorito para levar para casa o seu oitavo título do torneio, mas as coisas parecem menos previsíveis no quadro feminino.
No entanto, sendo a relva uma superfície tão imprevisível, há uma boa hipótese de surgirem algumas surpresas com algumas séries prolongadas ao longo das duas semanas no sudoeste de Londres.
Dito isto, o Flashscore analisa alguns tenistas que podem surpreender e superar as probabilidades em Wimbledon.
Sebastian Korda
No 25.º lugar do ranking, Sebastian Korda terá muita confiança ao chegar a Wimbledon, depois de uma inspiradora série no Queen's Clube que acabou na meia-final, como parte da preparação para o campo de relva. Acabou por cair às mãos do eventual campeão Carlos Alcaraz, mas o norte-americano de 22 anos produziu um excelente ténis para dominar os jogos antes de chegar à final four.
O grande serviço de Korda permite-lhe ditar o ritmo do jogo e o estilo de pancada forte pode fazer dele alguém a temer na superfície rápida e que os adversários vão querer evitar.
A irregularidade recente devido às lesões, aliada ao rigor da participação num Grand Slam, podem fazer soar os alarmes antes do tempo, mas as ferramentas de Korda podem levá-lo longe.
Frances Tiafoe
Outro norte-americano, Frances Tiafoe, também tem potencial para chegar longe, visto que o jogo do jovem de 23 anos adapta-se bem às condições, pelo menos teoricamente.
Acabado de conquistar um título em Estugarda na semana passada, o estilo pouco convencional de Tiafoe, a capacidade de encontrar ângulos e o atleticismo em todo o court podem fazer dele um adversário difícil.
O número 10 do mundo possui também um serviço sólido, com 87,17% dos jogos de serviço ganhos, a terceira melhor marca no ATP Tour em 2023 - um nível de consistência que só pode ser bom para ele.
O contagiante Tiafoe tem também um talento especial para jogar com o público e contar com esse apoio pode funcionar como uma motivação adicional e mental em situações complicadas.
Alexander Bublik
A imprevisibilidade de Alexander Bublik de jogo para jogo torna difícil definir as suas possibilidades, mas as armas que tem e o talento puro são difíceis de ignorar.
O divertido cazaque deu um impuslo na preparação para Wimbledon ao conquistar o seu primeiro título ATP 500 em Halle na semana passada, no qual derrotou Andrey Rublev em três sets.
A campanha até levantar o troféu contou ainda com vitórias sobre Alexander Zverev e Jannik Sinner, um conjunto de nomes que serve como aviso ao resto do quadro masculino.
O vasto leque de pancadas de Bublik - tanto poderosas como delicadas - tem o potencial de perturbar os adversários, enquanto a cobertura do campo permite-lhe defender e atacar bem.
A abordagem de alto risco, aliada aos níveis de concentração, são os maiores pontos de interrogação em torno do seu jogo, o que poderá ser um problema, particularmente num Grand Slam, mas as recentes exibições significam que será um jogador a ter em conta.
Ekaterina Alexandrova
Passando ao quadro feminino, o panorama parece bastante aberto, mas a forma em relva de Ekaterina Alexandrova poderá colocá-la na discussão, neste regresso a Wimbledon.
A russa defendeu recentemente o título contra Veronika Kudermetova, em Hertogenbosch, e chegou às meias-finais em Berlim, o que significa que a preparação tem estado na direção certa.
O serviço sólido e a pancada precisa e plana poderão ser uma vantagem e, tendo em conta a forma recente, um duelo contra Alexandrova pode ser muito complicado para qualquer adversária.
Karolina Muchova
Karolina Muchova só participou em três edições de Wimbledon, mas o facto de ter chegado duas vezes aos quartos de final dá-lhe confiança para chegar mais longe.
A jogadora de 26 anos parece ter elevado o nível este ano e chega a Londres depois de ter disputado a final do Open de França, onde, apesar de sair derrotada, levou a formidável número um Iga Swiatek a uma batalha até ao fim.
Muchova não participou em nenhum evento em relva desde Roland Garros, pelo que pode haver um ponto de interrogação, mas o seu estilo de jogo equilibrado significa que é um nome perigoso de enfrentar.
Um serviço forte e uma mistura de variedades de golpes potentes e suaves são algumas das muitas ferramentas à sua disposição para ganhar pontos, enquanto a velocidade e movimentação garantem que o jogo de retorno é igualmente eficaz.
Donna Vekic
Wimbledon não tem sido necessariamente o terreno mais feliz para a croata Donna Vekic nos últimos anos, o que é um pouco estranho tendo em conta o seu sucesso passado na relva.
Vekic só passou uma vez da segunda ronda, apesar de ter um registo positivo na relva - incluindo uma vitória e duas finais no torneio de Nottingham.
O aquecimento para o torneio também tem sido bom, chegou à final em Berlim, onde perdeu diante da bicampeã de Wimbledon, Petra Kvitova.
O perfil de Vekic, que joga de forma rápida, sugere que é adequada à relva, com grandes golpes a partir da linha de fundo a permitirem-lhe ditar o ritmo do jogo.