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Os tenistas que podem surpreender os favoritos em Wimbledon 2023

Anthony Paphitis
Frances Tiafoe, dos EUA, no evento de exibição Tennis Classic em Hurlingham
Frances Tiafoe, dos EUA, no evento de exibição Tennis Classic em HurlinghamProfimedia
O terceiro Grand Slam do ano regressa aos relvados de Wimbledon e o torneio de relva promete voltar a trazer entusiasmo e histórias para recordar.

O eterno Novak Djokovic parece ser o grande favorito para levar para casa o seu oitavo título do torneio, mas as coisas parecem menos previsíveis no quadro feminino.

No entanto, sendo a relva uma superfície tão imprevisível, há uma boa hipótese de surgirem algumas surpresas com algumas séries prolongadas ao longo das duas semanas no sudoeste de Londres.

Dito isto, o Flashscore analisa alguns tenistas que podem surpreender e superar as probabilidades em Wimbledon.

Sebastian Korda

Sebastian Korda, dos EUA, no Queen's Club
Sebastian Korda, dos EUA, no Queen's ClubAFP

No 25.º lugar do ranking, Sebastian Korda terá muita confiança ao chegar a Wimbledon, depois de uma inspiradora série no Queen's Clube que acabou na meia-final, como parte da preparação para o campo de relva. Acabou por cair às mãos do eventual campeão Carlos Alcaraz, mas o norte-americano de 22 anos produziu um excelente ténis para dominar os jogos antes de chegar à final four.

O grande serviço de Korda permite-lhe ditar o ritmo do jogo e o estilo de pancada forte pode fazer dele alguém a temer na superfície rápida e que os adversários vão querer evitar.

A irregularidade recente devido às lesões, aliada ao rigor da participação num Grand Slam, podem fazer soar os alarmes antes do tempo, mas as ferramentas de Korda podem levá-lo longe.

Frances Tiafoe

Frances Tiafoe, dos EUA, no Queen's Club
Frances Tiafoe, dos EUA, no Queen's ClubAFP

Outro norte-americano, Frances Tiafoe, também tem potencial para chegar longe, visto que o jogo do jovem de 23 anos adapta-se bem às condições, pelo menos teoricamente.

Acabado de conquistar um título em Estugarda na semana passada, o estilo pouco convencional de Tiafoe, a capacidade de encontrar ângulos e o atleticismo em todo o court podem fazer dele um adversário difícil.

O número 10 do mundo possui também um serviço sólido, com 87,17% dos jogos de serviço ganhos, a terceira melhor marca no ATP Tour em 2023 - um nível de consistência que só pode ser bom para ele.

O contagiante Tiafoe tem também um talento especial para jogar com o público e contar com esse apoio pode funcionar como uma motivação adicional e mental em situações complicadas.

Alexander Bublik

Alexander Bublik, do Cazaquistão, posa com o troféu depois de vencer o ATP 500 Halle Open
Alexander Bublik, do Cazaquistão, posa com o troféu depois de vencer o ATP 500 Halle OpenAFP

A imprevisibilidade de Alexander Bublik de jogo para jogo torna difícil definir as suas possibilidades, mas as armas que tem e o talento puro são difíceis de ignorar.

O divertido cazaque deu um impuslo na preparação para Wimbledon ao conquistar o seu primeiro título ATP 500 em Halle na semana passada, no qual derrotou Andrey Rublev em três sets.

A campanha até levantar o troféu contou ainda com vitórias sobre Alexander Zverev e Jannik Sinner, um conjunto de nomes que serve como aviso ao resto do quadro masculino. 

O vasto leque de pancadas de Bublik - tanto poderosas como delicadas - tem o potencial de perturbar os adversários, enquanto a cobertura do campo permite-lhe defender e atacar bem.

A abordagem de alto risco, aliada aos níveis de concentração, são os maiores pontos de interrogação em torno do seu jogo, o que poderá ser um problema, particularmente num Grand Slam, mas as recentes exibições significam que será um jogador a ter em conta.

Ekaterina Alexandrova

Ekaterina Alexandrova, da Rússia, posa com o troféu depois de vencer o WTA 250 Libema Open
Ekaterina Alexandrova, da Rússia, posa com o troféu depois de vencer o WTA 250 Libema OpenProfimedia

Passando ao quadro feminino, o panorama parece bastante aberto, mas a forma em relva de Ekaterina Alexandrova poderá colocá-la na discussão, neste regresso a Wimbledon.

A russa defendeu recentemente o título contra Veronika Kudermetova, em Hertogenbosch, e chegou às meias-finais em Berlim, o que significa que a preparação tem estado na direção certa.

O serviço sólido e a pancada precisa e plana poderão ser uma vantagem e, tendo em conta a forma recente, um duelo contra Alexandrova pode ser muito complicado para qualquer adversária.

Karolina Muchova

Karolina Muchova, da República Checa, em Wimbledon em 2022
Karolina Muchova, da República Checa, em Wimbledon em 2022Profimedia

Karolina Muchova só participou em três edições de Wimbledon, mas o facto de ter chegado duas vezes aos quartos de final dá-lhe confiança para chegar mais longe.

A jogadora de 26 anos parece ter elevado o nível este ano e chega a Londres depois de ter disputado a final do Open de França, onde, apesar de sair derrotada, levou a formidável número um Iga Swiatek a uma batalha até ao fim.

Muchova não participou em nenhum evento em relva desde Roland Garros, pelo que pode haver um ponto de interrogação, mas o seu estilo de jogo equilibrado significa que é um nome perigoso de enfrentar.

Um serviço forte e uma mistura de variedades de golpes potentes e suaves são algumas das muitas ferramentas à sua disposição para ganhar pontos, enquanto a velocidade e movimentação garantem que o jogo de retorno é igualmente eficaz.

Donna Vekic

Donna Vekic, da Croácia, no Open da Alemanha
Donna Vekic, da Croácia, no Open da AlemanhaAFP

Wimbledon não tem sido necessariamente o terreno mais feliz para a croata Donna Vekic nos últimos anos, o que é um pouco estranho tendo em conta o seu sucesso passado na relva.

Vekic só passou uma vez da segunda ronda, apesar de ter um registo positivo na relva - incluindo uma vitória e duas finais no torneio de Nottingham.

O aquecimento para o torneio também tem sido bom, chegou à final em Berlim, onde perdeu diante da bicampeã de Wimbledon, Petra Kvitova.

O perfil de Vekic, que joga de forma rápida, sugere que é adequada à relva, com grandes golpes a partir da linha de fundo a permitirem-lhe ditar o ritmo do jogo.