Pontos-chave do quadro masculino de Wimbledon: Djokovic de olho no recorde de Federer
Carlos Alcaraz é o seu maior rival, enquanto Andy Murray celebra o 10.º aniversário do seu primeiro título no torneio.
A AFP Sport analisa três pontos de discussão antes do torneio:
Djokovic de olho em Federer e nos recordes do Court
Depois de ter conquistado o seu terceiro Open de França e o 23.º Grand Slam da carreira, Novak Djokovic quer fazer mais história em Wimbledon, onde um oitavo título o colocaria a par da marca de Roger Federer.
Poderá ser também o quinto título consecutivo no All England Club, onde se tornou praticamente imbatível - não perde no court central há 10 anos, desde que caiu perante Andy Murray na final de 2013.
Um 24.º título do Grand Slam colocá-lo-ia ao lado de Margaret Court como vencedores do maior número de títulos de Majors da história.
As 84 vitórias de Djokovic em Wimbledon são mais do que a junção dos triunfos dos 20 melhores do ranking, apesar de nenhum elemento do atual top-10 chegou a uma meia-final.
A acrescentar ao sentido da história, outro título em Wimbledon faria com que precise apenas de ganhar o Open dos Estados Unidos, em setembro, para se tornar no primeiro homem desde 1969 a ganhar todos os Grand Slams no mesmo ano.
"Não quero dizer que sou o maior (de todos os tempos), porque acho que é uma falta de respeito para com todos os grandes campeões de diferentes épocas do nosso desporto", disse Djokovic depois de vencer Roland Garros.
"Por isso, deixo esse tipo de discussões sobre quem é o maior para outra pessoa", vincou.
Grandes expetativas em relação a Alcaraz
Com apenas 20 anos, o número um do mundo Carlos Alcaraz é visto como a única ameaça legítima a Djokovic em Wimbledon.
O campeão do Open dos EUA chega depois de ter garantido o prestigiado título do Queen's Club, apenas o terceiro torneio que disputou em relva.
O espanhol chegou aos oitavos de final de Wimbledon em 2022, onde foi derrotado pelo jogador do top 10 Jannik Sinner.
"Novak é o principal favorito para ganhar Wimbledon. Isso é óbvio", disse Alcaraz, que será o cabeça de série da competição e só poderá defrontar Djokovic na final.
Alcaraz está grato por isso, depois de ter perdido com o sérvio nas meias-finais do Open de França, no mês passado, em que as caibrãs não ajudaram o espanhol.
Mais tarde, admitiu que o "stress e a tensão" de ver Djokovic do outro lado da rede tinham provocado o declínio físico.
Fim do caminho para Murray?
Quando Andy Murray derrotou Novak Djokovic na final de 2013, pôs fim a uma espera de 77 anos do Reino Unido por um campeão masculino em Wimbledon.
Em 2016, conseguiu um segundo triunfo, mas, com um historial recente de graves problemas de lesão, muitos adeptos interrogam-se se este ano não será a última presença do jogador de 36 anos no All England Club.
Classificado em 39.º lugar, depois de ter lutado de forma estóica para voltar a subir na hierarquia, o antigo número um mundial não será cabeça de série este ano.
Nas duas últimas visitas, não conseguiu chegar à segunda semana e ficou de fora dos torneios de singulares de 2018 e 2019.
Então, será Wimbledon 2023 o canto do cisne para Murray?
"Espero que não, mas nunca se sabe", disse à Sky Sports.
"Se eu tivesse outra lesão grave ou acontecesse alguma coisa com a anca de metal, seria o meu fim. Não tentaria voltar depois de outra operação".
E acrescentou: "Quero continuar a jogar um pouco mais. Sei que não vai ser para sempre, mas tenho uma ideia de quando gostaria de terminar e não é em Wimbledon deste ano".