De regresso ao court central do All England Club, o ex-líder do ranking ATP, atualmente na segunda posição, foi testado pelo britânico Jacob Fearnley (277.º ATP), mas, apesar de ter cedido um set, conseguiu levar a melhor, com os parciais de 6-3, 6-4, 5-7 e 7-5, ao fim de três horas.
“Foi um bom esforço do Jacob, ele jogou muito bem. Não tive oportunidade de o ver jogar até há dois dias. Há sempre um elemento de surpresa e nada a perder. Jogar com ele em Wimbledon será sempre duro. A maioria dos jogadores britânicos estão habituados à relva, superfícies rápidas, por isso sabem como jogar”, comentou Djokovic, submetido a uma cirurgia ao joelho direito em junho.
Depois de superar o jovem adversário da casa, de 22 anos, o tenista de Belgrado, de 37 anos, vai prosseguir na luta pelo oitavo troféu de Wimbledon e igualar o recorde que pertence a Roger Federer, diante do australiano Alexei Popyrin (47.º ATP).
Sorte bem distinta teve o polaco Hubert Hurkacz, número sete do mundo, que foi obrigado a desistir, com uma lesão no joelho direito, no tie-break do quarto set, quando o marcador registava 7-6(7-2), 6-4, 2-6 e 6-6 (9-8), favorável ao adversário Arthur Fils (34.º ATP).
“É muito difícil vencer o encontro assim contra um amigo. Estávamos a jogar muito bem no quarto set. Tivemos bons pontos e ele estava a saltar por todo o lado. Lamento muito por ele e espero que recupere rapidamente”, afirmou o gaulês, de 20 anos, apurado pela primeira vez para a terceira ronda de um torneio do Grand Slam.
Assim como Hubert Hurkacz, semifinalista do torneio londrino em 2021, o grego Stefanos Tsitsipas (11.º do ranking) também ficou precocemente fora da competição, ao ser derrotado pelo finlandês Emil Ruusuvuori (87.º ATP) em quatro partidas, pelos parciais de 7-6 (8-6), 7-6 (10-8), 3-6 e 6-3.
Apurado para a fase seguinte está o alemão Alexander Zverev, quarto do mundo e vice-campeão de Roland Garros, que hoje superou facilmente o norte-americano Marcos Giron (46.º ATP), por 6-2, 6-1 e 6-4, assim como o australiano Alex de Minaur e o búlgaro Grigor Dimitrov com triunfos frente ao espanhol Jaume Munar (6-2, 6-2 e 7-5) e o chinês Juncheng Shang (5-7, 6-7 (4-7), 6-4, 6-2 e 6-4), respetivamente.
Enquanto o francês Gael Monfils, de 37 anos, levou a melhor no encontro de veteranos com o suíço Stan Wawrinka, dois anos mais velho, pelos parciais de 7-6 (7-5), 6-4 e 7-6 (7-3), o bicampeão de Wimbledon (2013 e 2016), Andy Murray, despediu-se do court central do All England Club a jogar ao lado do irmão Jamie Murray, após a derrota na ronda inaugural frente aos australianos Rinky Hijikata e John Peers, ambos campeões de pares do Open da Austrália, por 7-6 (8-6) e 6-4.
À derrota do escocês, antigo líder do ranking mundial, que ainda vai disputar o torneio de pares mistos com Emma Raducanu, seguiu-se uma emotiva homenagem, a encerrar do dia no All England Club.
Na competição feminina, Iga Swiatek, detentora de quatro troféus do Grand Slam, confirmou o favoritismo diante a croata Petra Martic, 87.ª colocada na hierarquia WTA, ao passo que a cazaque Elena Rybakina (4.ª WTA), campeã de Wimbledon em 2022, superou a alemã Laura Siegemund (72.ª WTA) para garantir uma vaga na terceira ronda.
A tunisina Ons Jabeur, finalista vencida nas últimas duas edições do major britânico, não encontrou grandes dificuldades para eliminar a jovem norte-americana Robin Montgomery, de 19 anos, com os parciais de 6-1 e 7-5, já depois de Jéssica Pegula, número cinco mundial, ter sido surpreendida pela chinesa Xinyu Wang (42.ª WTA), por 6-4, 6-7 (7-9) e 6-1.