Síntese Wimbledon: Djokovic regressou com vitória em jornada repleta de surpresas
Rublev 1-3 Comesana
Já depois do anúncio da desistência do quadro de singulares de Andy Murray, bicampeão do major britânico em 2013 e 2016 e que vai despedir-se da relva londrina nos pares ao lado do irmão Jamie Murray, o russo Andrey Rublev, número seis mundial, protagonizou a maior surpresa da jornada, ao ceder frente ao argentino Francisco Comezana (122.º ATP) em quatro sets, por 6-4, 5-7, 6-2 e 7-6 (7-5).
A atravessar uma fase complicada na carreira, sobretudo devido à dificuldade em manter o controlo emocional em campo, Rublev foi o primeiro tenista do top 10 mundial a ser eliminado e por um jogador que nunca tinha vencido um encontro no quadro principal de um torneio ATP e que ganhou, este ano, o ATP Challenger Oeiras Open 3.
Korda 2-3 Mpetshi Perricard
Assim como o moscovita, o favorito norte-americano Sebastian Korda (21.º ATP) também foi surpreendido pelos 51 ases do francês Giovanni Mpetshi Perricard (58.º ATP), vencedor pelos parciais de 7-6 (7-5), 6-7 (4-7), 7-6 (8-6), 6-7 (7-9) e 6-3, tal como o português Nuno Borges (50.º ATP) foi derrotado pelo japonês Yoshihito Nishioka (90.º ATP), por 6-2, 7-6 (8-6), 2-6 e 6-3, num encontro que chegou a ser interrompido pela chuva.
Quem não se deixou surpreender foi Novak Djokovic, número dois do mundo, que, apesar de uma lesão no joelho o ter obrigado a desistir de Roland Garros há cerca de um mês, voltou à competição depois de uma intervenção cirúrgica e a jogar a um bom nível diante do checo Vit Kopriva (123.º ATP), oriundo da fase de qualificação.
Kopriva 0-3 Djokovic
Na corrida para tentar igualar o recorde de oito títulos de Roger Federer em Wimbledon, o tenista de Belgrado, de 37 anos, precisou de apenas uma hora e 59 minutos para garantir o apuramento para a segunda ronda, pelos parciais de 6-1, 6-2 e 6-2.
“Foi muito bom. Estou bastante satisfeito com a forma como me movimentei em ‘court’. Claro que, este ano, venho a Wimbledon em circunstâncias um pouco diferentes, devido ao joelho. Não sei como vão realmente correr as coisas. Uma sessão de treino é muito diferente de um encontro oficial, por isso estou bastante satisfeito pela forma como joguei hoje e como me senti”, confessou Djokovic.
Tal como o detentor de 24 títulos do Grand Slam, o alemão Alexander Zverev, quarto colocado no ranking, não encontrou grandes dificuldades para superar o primeiro obstáculo, o espanhol Roberto Carballes Baena (64.º ATP), e, com os parciais de 6-2, 6-4 e 6-2, marcou encontro na fase seguinte com o norte-americano Marcos Giron.
Carballes Baena 0-3 Zverev
Bem diferente foi a estreia do polaco Hubert Hurkacz (7.º ATP) na 137.ª edição do terceiro major da temporada, após precisar de quatro partidas para levar a melhor sobre o moldavo Radu Albot (144.º ATP), por 5-7, 6-4, 6-3 e 6-4, ao cabo de duas horas e 39 minutos.
Duckworth 0-3 De Minaur
Enquanto o australiano Alex de Minaur (9.º ATP) se viu obrigado a trabalhos redobrados para bater o compatriota James Duckworth (81.º ATP), com os parciais de 7-6 (7-1), 7-6 (7-3) e 7-6 7-4), em três horas e quatro minutos, o grego Stefanos Tsitsipas teve de se aplicar a fundo para ultrapassar o japonês Taro Daniel (84.º ATP), pelos parciais de 7-6 (7-5), 6-4 e 7-5.
Na competição feminina, depois de a checa Marketa Vondrousova (7.ª WTA) perder frente à espanhola Jéssica Bouzas Maneiro (83.ª WTA), por 6-4 e 6-2, e se tornar na primeira campeã de Wimbledon eliminada na abertura da edição seguinte, desde 1994, a polaca Iga Swiatek, número um mundial, carimbou facilmente a passagem à segunda ronda.
Swiatek 2-0 Kenin
Após o triunfo sobre a norte-americana Sofia Kenin, campeã do Open da Austrália em 2020, por 6-3 e 6-4, Swiatek vai prosseguir a corrida pelo sexto título do Grand Slam, primeiro em Wimbledon, diante da croata Petra Martic.
Apuradas para a fase seguinte estão igualmente a campeã do torneio britânico de 2022, a cazaque Elena Rybakina (quarta WTA), a norte-americana Jéssica Pegula (quinta WTA) e a tunisina Ons Jabeur, vice-campeã nos últimos dois anos.