Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Wimbledon: Alcaraz-Djokovic, a final de sonho

André Guerra c/ AFP
Djokovic e Alcaraz treinam em Wimbledon
Djokovic e Alcaraz treinam em WimbledonCLIVE BRUNSKILL/Getty Images via AFP
Um ano depois do triunfo de Carlos Alcaraz, a final de Wimbledon deste domingo, às 14:00, volta a opor o jovem espanhol ao sete vezes vencedor Novak Djokovic, que esteve perto de falhar o torneio, no que promete ser uma desforra explosiva.

Acompanhe aqui as incidências do encontro

O desafio para Alcaraz, número 3 do ranking mundial, é continuar aumentar a brecha que abriu no ano passado no domínio incontestável do sérvio na relva londrina entre 2018 a 2023: 34 jogos consecutivos e quatro títulos. Aos 21 anos, o espanhol já conquistou o quatro títulos do Grand Slam.

Para Djokovic, o que está em jogo é histórico. Porque, como acontece sempre que joga num torneio do Grand Slam, fá-lo para bater recordes. No domingo, aos 37 anos, vai tentar conquistar o oitavo troféu em Wimbledon para igualar o recorde de Roger Federer e aumentar o recorde de títulos do Grand Slam para 25.

Desde já, vai disputar a 10.ª final no All England Tennis Club (a apenas duas do recorde de Federer) e a 37.ª num Grand Slam (aumenta o seu próprio recorde, Federer tem 31)... O que significa que, dos 75 Majors que disputou na carreira, chegou à final em 50% das vezes!

Dez em três

É também o único jogador da história, masculino e feminino juntos, a ter disputado 10 finais em três dos quatro Grand Slams (Austrália, Wimbledon, Open dos Estados Unidos). Depois de um primeiro meio ano de 2024 sem chegar a qualquer final, um título no domingo e todos os recordes que lhe estão associados, daria também uma nova cor à época de Djokovic.

A presença na final é um verdadeiro milagre e ilustra a extraordinária capacidade física e mental. O sérvio, que foi operado ao menisco do joelho direito a 5 de junho, ainda não sabia, quatro dias antes do início do torneio, se estaria em condições de jogar. "Não queria  provar nada a ninguém, só queria fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para poder jogar Wimbledon", explicou, negando qualquer "imprudência".

"Nunca fui contra os médicos especialistas que estavam a tratar da minha recuperação", afirma, concordando que sempre fez "esforços extra" em relação ao que lhe era pedido.

No final, foi mesmo a jogo e, depois de três primeiras rondas contra adversários ao seu alcance, durante as quais foi capaz de se resguardar, desde os oitavos de final contra Holger Rune, disse que já não pensa no joelho, que ainda está envolvido numa suave joelheira.

"Agora estou a jogar o mais livremente e o melhor que posso", disse após o triunfo nas meias-finais contra Lorenzo Sonego, que derrotou em três sets. Mas, no domingo, terá de estar ao seu melhor nível se quiser ter hipóteses contra Alcaraz. " Wimbledon tira sempre o melhor de mim e motiva-me a ser o mais forte possível", avisa.

"Cada jogo é uma guerra"

No lado oposto, Alcaraz, como é habitual, está a divertir-se ao máximo no court. "Estou a sentir-me muito bem para esta final, estou a jogar a um nível muito alto, estou muito confiante e estou a movimentar-me bem. Estou confiante o suficiente para me sair muito bem no domingo", diz ele.

Embora ainda não tenha mostrado a melhor forma durante a última quinzena, conseguiu vencer os jogos em que não se sentia no seu melhor... tal como o Big Three.

No entanto, contra o sérvio, ele sabe "o que esperar" e sabe que terá de estar no seu melhor. E apesar de insistir que "não se vê como favorito", Alcaraz lembra-nos que "tentar ganhar faz parte da (sua) natureza".

O torneio deu a Djokovic  uma ligeira vantagem em termos de frescura: o espanhol disputou 23 sets para chegar à final e passou mais quatro horas em court do que o sérvio, que fez 17 sets e beneficiou da desistência de Alex de Minaur nos quartos de final.

Mas, como diz Alcaraz, independentemente das circunstâncias, "cada jogo é uma guerra".