Wimbledon: Djokovic promete regressar apesar de sentir o relógio a contar
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Djokovic viu as esperanças de subir ao Olimpo do ténis com um 25.º título do Grand Slams, que seria um recorde, a esfumarem-se nos primeiros instantes perante o prodígio espanhol de 21 anos, que no ano passado derrotou o sérvio na final.
Apesar de o tempo estar a passar na carreira de Djokovic, afirmou que vai continuar a jogar até 2025, altura em que fará 38 anos.
"Quanto a voltar aqui, adoraria. Não tenho nada em mente que este seja o meu último Wimbledon. Não tenho quaisquer limitações. Ainda quero continuar e jogar enquanto me sentir capaz de jogar a este nível elevado" disse, após a derrota por 6-2, 6-2 e 7-6 (7/4).
Até agora, nesta época, Djokovic viu o seu título do Open da Austrália passar para Jannik Sinner, o italiano de 22 anos que também lhe roubou o número do ranking mundial. Alcaraz sucedeu-lhe como campeão do Open de França em Paris, no mês passado, onde Djokovic foi forçado a desistir antes dos quartos de final devido a uma lesão no joelho, que o obrigou a uma cirurgia.
Djokovic deve regressar à capital francesa dentro de menos de duas semanas, altura em que tentará ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Depois disso, tentará defender o título do Open dos Estados Unidos em Nova Iorque.
"Tenho intenções de disputar os Jogos Olímpicos e espero ter a oportunidade de lutar por uma medalha para o meu país. Numa superfície completamente diferente (terra batida) obviamente, voltando ao local onde me lesionei há algumas semanas. Vamos ver como me vou sentir física e mentalmente", afirmou.
Apesar das previsões optimistas sobre os planos futuros, Djokovic está a ter um ano abaixo dos padrões. Ainda não venceu um título desde que conquistou o ATP Finals em novembro do ano passado e ainda não derrotou um adversário do top-10 em 2024.
No domingo, foi derrotado por Alcaraz, que fez 42 winners contra 26 e criou 14 break points, cinco dos quais convertidos.
"Para vencer estes tipos (Alcaraz e Sinner) nas fases finais do Grand Slam ou nos Jogos Olímpicos, vou ter de jogar muito melhor e sentir-me muito melhor do que hoje. Vou trabalhar para isso. Não é algo que não tenha experienciado antes na minha vida. Já tive muitas experiências diferentes ao longo da minha carreira. Perante a adversidade, normalmente levanto-me, aprendo e fico mais forte. É isso que vou fazer", admitiu Djokovic.