Recorde aqui as incidências do encontro

Quando Carlos Alcaraz está inspirado e a sorrir, o espetador diverte-se. E não importa se a superfície é de terra batida, piso duro ou relva. Apesar de ter apenas 20 anos, há já muitas provas disso, e o seu regresso a Wimbledon, onde ambiciona manter o título conquistado em 2023, não ia ser diferente.

O adversário da segunda ronda, Aleksandar Vukic, não parecia capaz de incomodar o atual campeão, embora se tenha esforçado. Uma quebra de serviço quando o resultado estava 3-2 abriu caminho, mas a insistência do seu adversário agradou ainda mais o público na fase inicial.

Não se esperava uma reação como a que protagonizou o australiano, que por vezes ofuscou o sorriso do espanhol, incapaz de segurar o serviço em duas ocasiões consecutivas. Aliás, Vukic chegou mesmo a servir para ganhar esse set, embora tenha acabado por ser resolvido no tiebreak (7-6/7-5).

Alcaraz ultrapassou o susto e conseguiu competir com mais facilidade a partir daí. Apesar dos momentos de tensão, manteve-se sólido e respondeu quando era preciso. Mesmo quando a sorte estava do lado do jogador nascido na Oceânia, como numa ação que poderia ter sido definitiva e que fica como rodapé devido ao resultado final. Tudo o que aconteceu a partir daí foi muito diferente.

Ultrapassada a indecisão, o número três mundial estava num patamar inalcançável para Aleksandar. Quase não houve jogo porque Carlitos concentrou-se e optou por resolver a questão sem sofrer mais surpresas. Também ajudou o facto de do outro lado do court estar um jogador algo ferido, sem a energia do início. O duplo 6-2 garantiu a vitória, que se traduz num bilhete para a próxima ronda, onde vai defrontar Frances Tiafoe.