Wimbledon: Como chegam Paolini e Krejcikova a uma inesperada final feminina
Acompanhe aqui as incidências do encontro
Krejcikova, vencedora de Roland Garros em 2021, mas apenas 31.ª cabeça de série neste Wimbledon, causou surpresa nas meias-finais ao derrotar a cazaque Elena Rybakina, a quarta cabeça de série e campeã em Wimbledon em 2022.
Paolini, entretanto, deixou pelo caminho Donna Vekic nas meias-finais, num jogo apertado, que foi decidido no tie break do terceiro set (10-8).
Para Paolini, sétima cabeça de série em Wimbledon, que foi derrotada este ano na final de Roland Garros pela polaca Iga Swiatek, este jogo contra Krejcikova será uma hipótese de vingança para esquecer a desilusão de Paris.
A italiana, de pai italiano e avós ganeses e polacos, vai disputar a sétima final da sua carreira, a terceira este ano, depois de ter conquistado o título no Dubai em fevereiro e perdido em Roland Garros em maio.
Primeira finalista italiana
Paolini, que só ganhou dois títulos na carreira (Dubai este ano e o torneio esloveno de Portoroz em 2021), é a primeira italiana a chegar à final feminina em Wimbledon.
Mas o mais surpreendente sobre a italiana é que, até este Wimbledon, nunca tinha passado da primeira ronda do torneio londrino em seis participações anteriores. A própria Paolini estava incrédula quando foi entrevistada no court após a vitória nas meias-finais, com o público a torcer por ela.
"Seria uma loucura dizer que estava à espera de fazer esta campanha em Wimbledon. Estou sem palavras", disse Paolini, que começou a inesperada ascensão este ano ao atingir os oitavos de final do Open da Austrália em janeiro.
"Duas finais de Grand Slam seguidas foi uma loucura. Não dá para acreditar, não é?", acrescentou.
Desde Serena Williams, em 2016, que nenhuma tenista tinha chegado à final de Roland Garros e de Wimbledon no mesmo ano.
Paolini pode tornar-se a primeira transalpina a ganhar Wimbledon, masculino ou feminino, depois de Matteo Berrettini ter sido finalista masculino em 2021.
Ano difícil para Krejcikova
Esta final marca apenas o segundo encontro da carreira entre as duas finalistas. Antes, encontraram-se nas eliminatórias do Open da Austrália de 2018, com a checa a vencer facilmente em dois sets.
"Foi há muito tempo", observou Krejcikova, desvalorizando a vitória de há seis anos sobre a italiana.
Krejcikova, que procura o oitavo título individual da carreira, vai disputar a segunda final de singulares de um Grand Slam depois de vencer o Open de França em 2021, ao derrotar a russa Anastasia Pavlyuchenkova em três sets.
A checa, duas vezes vencedora do torneio de duplas de Wimbledon, especialidade na qual já ganhou todos os Grand Slams e ainda o ouro olímpico, batalhou com uma lesão nas costas este ano, vencendo apenas três jogos singulares em cinco meses, antes de voltar à boa forma neste torneio.
"Tive um ano difícil, por isso nunca imaginei que pudesse chegar à final em Wimbledon", disse Krejcikova, que pode dar o segundo triunfo consecutivo à República Checa em Wimbledon, depois do triunfo da compatriota Marketa Vondrousova em 2023.