O brasileiro entrou no top 300 do mundo pela primeira vez na sua carreira, mas só ganhou 18.000 libras (21.500 euros) este ano.
Sell, que também ganha dinheiro a documentar a sua carreira no YouTube, insiste que o desporto do ténis evoluiu significativamente para além do tradicional top 100 e que os jogadores mais abaixo no ranking ATP merecem melhores salários.
O jogador de 30 anos ocupa atualmente o 299.º lugar do ranking mundial, depois de ter atingido as meias-finais de um torneio Challenger em Las Vegas na semana passada, mas afirma que poderia ganhar mais trabalhando no McDonald's e quer que a Associação dos Tenistas Profissionais, fundada por Djokovic, intervenha.
"Hoje entrei no Top 300 pela primeira vez. Mesmo assim, ganharia mais dinheiro a trabalhar no McDonald's", escreveu no X, juntamente com um emoji a rir e a chorar.
"Não estou a dizer que os jogadores devam ganhar milhões, mas estão a ser roubados em toda a linha. Gostava de ver uma mudança a sério. Sem um sindicato, os jogadores não têm voz ativa. Calem-se e joguem".
"A começar pelo facto de os jogadores estarem agora a competir por menos pontos nos torneios Challenger, enquanto os torneios ATP receberam mais pontos. Isso foi feito sem aviso prévio aos jogadores".
"Penso que os jogadores do Top 100 também são mal pagos. O número 50 do ranking mundial, por exemplo, deveria ganhar dois a três milhões de dólares (1.8 a 2.5 milhões de euros por ano)".
Sell diz que não recomendaria o ténis como carreira a jovens aspirantes a jogadores.
"Adoro jogar e treinar, mas como carreira, não é uma que recomendaria aos meus filhos", atirou.
Sell teve ainda mais sucesso na terça-feira, quando derrotou Tomas Farjat no torneio Challenger em Antofagasta.