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Thierry Henry apresentado como selecionador sub-21 de França: "É uma honra estar aqui"

Julie Marchetti, em Paris
Thierry Henry é o novo selecionador sub-21 de França
Thierry Henry é o novo selecionador sub-21 de FrançaProfimedia
Thierry Henry foi apresentado esta terça-feira, oficialmente, à imprensa, como novo selecionador da seleção francesa de sub-23.

O presidente da Federação Francesa de Futebol, Philippe Diallo, começou com uma homenagem a Thierry Henry, destacando as datas importantes para a qualificação para o Euro 2025, bem como para os Jogos Olímpicos de 2024.

"Com a nomeação de Thierry Henry como treinador da Espoirs, a federação tem um trio de estrelas, com Didier Deschamps para a equipa principal, Hervé Renard para a equipa feminina e agora ele", afirmou Philippe Diallo.

"Poder voltar a cantar a Marselhesa é importante para mim. É uma honra estar aqui. Sou francês, feliz por ser francês e feliz por estar de volta, vestindo o galo. Queria tirar o chapéu ao Ripoll. Não é fácil treinar uma equipa destas. A geração muda de dois em dois anos. Os melhores jogadores sobem, é normal. Não é fácil criar uma osmose", começou por dizer Thierry Henry, que trocou o papel de consultor pelo cargo de selecionador sub-21.

"Não estava realizado. Adoro o campo, estava à espera de uma oportunidade e fiz o que tinha a fazer. Precisava de treinar. Fazer com que as pessoas percebessem. O momento Covid mudou-me. Tive de gerir um grupo num hotel durante 4 meses, e isso moldou-me e fez-me ver as coisas de forma diferente. Quando se combina isso com o que eu sei, é preciso passar por isso. Por isso, quando fui selecionado... Não é algo que se recuse. Adoro trabalhar com jovens. Espero que seja uma coisa positiva. A nível pessoal, foi uma mais-valia", assumiu Thierry Henry.

Subida de jogadores à seleção principal: "Para mim, os sub-21 são a seleção francesa. Quando se entra numa competição, tenta-se ganhá-la. Depois, ganha-se ou não se ganha, não é fácil. Mas o espírito está lá. Também estamos aqui para a equipa principal. Se o treinador quiser chamar jogadores, pode fazê-lo, é normal."

Primeiro jogo: "Temos de pensar na lista, falar com toda a gente e depois pôr tudo em prática. Vamos ter de trabalhar no que queremos fazer para estarmos numa situação mais do que suficiente para ir à Eslovénia. Não é fácil treinar uma equipa como esta, porque há jogadores que vão jogar no domingo e que temos de pôr a jogar na terça-feira."

Estilo de jogo: "É preciso ter posse de bola e pressionar. Confio na minha equipa, delego, aprendi a ter empatia como treinador. É preciso ensinar e discutir".

Estatuto da equipa: "Não deve ser um problema. Isso molda-nos. Quando se vai à Eslovénia, que pode não ser um lugar fácil para jogar, isso molda-nos. Esse é o grande e eterno problema. Não é um castigo ir para os sub-21. No meu tempo, o treinador da equipa principal via o que os sub-21 faziam. Ele observava-vos. É uma seleção que temos de respeitar e honrar. Representamos algo. É  fácil dizer isso, por isso, sim, há um problema, mas vamos ter de o tentar resolver."

Equipa técnica: "Para ser honesto, ainda temos de trabalhar no treinador de guarda-redes".

Trabalho com Deschamps: "É simples, deixo isso para ele. Didier é o chefe. Será feito de acordo com as regras".

Convite para ser adjunto no PSG e Zaire-Emery: "Não fui contactado. Há já algum tempo que sigo Zaire-Emery. Impressiona-me pelo seu impacto físico, pela forma como tira as bolas dos pés dos adversários e os derruba. É um bom jogador. Estamos contentes por ele ser francês. Vamos ter de cuidar bem dele. Mas ser titular no PSG não é mau. O resto, veremos.

Relação com os jovens: "A maior afinidade que tive foi com os jovens, no Mónaco e no Monréal. Agora é diferente. Esta geração não teve o que nós tivemos. Não se pode estar no seu próprio campeonato quando não se tem as mesmas vantagens e dificuldades. A minha geração teve de ir ao encontro da geração mais velha, agora a minha geração tem de ir ao encontro da geração mais nova. É preciso adaptar-se e conhecer os códigos. Há muito ensino envolvido em tudo isso. Eu sabia que, se chegasse atrasado, não jogaria no fim de semana. Agora, se alguém chega atrasado, joga. Então, sim, é preciso saber adaptar-se."

Jogos Olímpicos e Mbappé: "Na minha cabeça, é Nancy, Dinamarca e Eslovénia. Sei que é muito importante. Afinal de contas, temos os Jogos Olímpicos em França. Neste momento, estou a treinar a equipa de sub-21. Estão a qualificar-se para o Euro. Neste momento, estou a pensar nos jogadores que nasceram em 2002, e isso não é mau."

Dúvidas sobre capacidade para treinar: "Há sempre dúvidas sobre um treinador ou um jogador. Tenho experiência no Mónaco, e chegamos aos play-offs com o Montreal. Vamos tentar trabalhar. Vamos fazer tudo o que pudermos para ter um bom desempenho."