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Tony Estanguet: "O sucesso não acaba necessariamente na política"

Tony Estanguet esta sexta-feira, em conferência de imprensa
Tony Estanguet esta sexta-feira, em conferência de imprensaED JONES/ AFP
Tony Estanguet, Presidente do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos, "ainda não sabe" o que vai fazer a seguir e ficou um pouco surpreendido, esta sexta-feira, ao ser questionado sobre um possível futuro na política "como se o fim de qualquer sucesso fosse uma carreira política".

"Estou um pouco surpreendido, fizeram-me esta pergunta muitas vezes nos últimos dias, como se o fim de qualquer história de sucesso tivesse de ser na política", afirmou em conferência de imprensa, numa altura em que a França procura um novo governo.

"Trabalhei muito com políticos, e esse não era o meu mundo (...) eles desempenharam um papel importante no sucesso de Paris 2024", afirmou.

"Houve muita boa vontade, mas também muito controlo", acrescentou.

"Tivemos de provar o nosso valor e construir uma relação de confiança", disse.

O tricampeão olímpico de canoagem nunca escondeu uma certa desconfiança em relação aos políticos nos dez anos que passou a trabalhar nos Jogos de Paris desde a candidatura.

"Também trabalhei muito com outros atores do mundo do desporto, das empresas e da sociedade civil em geral", afirmou.

"A minha missão em Paris-2024 ainda não terminou e, depois, vou tirar algum tempo para recarregar as baterias", acrescentou.

"Para mim, não era óbvio que o culminar de tudo o que fiz fosse necessariamente seguir uma carreira política. Penso que há outras formas de servir o nosso país", insistiu.

"Ainda não sei qual será o meu futuro", assumiu.

Tony Estanguet recordou ainda que foram vendidos 12,1 milhões de bilhetes para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, descrevendo os Jogos de Paris como "um recorde".

"Estes Jogos ultrapassaram todas as nossas expectativas e os nossos sonhos mais loucos", assumiu.

O orçamento será analisado "no próximo mês", numa reunião do Conselho de Administração do Cojo, disse, juntamente com o diretor executivo do Cojo, Etienne Thobois.

Atualmente, o orçamento do Cojo, que se baseia na venda de bilhetes, nas receitas de patrocínio e numa contribuição do COI, é de 4,5 mil milhões de euros.

Questionado sobre as investigações abertas pela Procuradoria Nacional das Finanças (PNF) um ano antes dos Jogos Olímpicos, Thobois disse que não tinha "mais informações" sobre as mesmas.

"Suspeitávamos que iríamos ser alvo de um grande escrutínio", comentou.