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Treinador dos Estados Unidos pede desculpa depois de polémica com a bandeira do Irão

AFP, Pedro Fernandes
Selecionador norte-americano fez antevisão ao duelo decisivo contra oE Irão
Selecionador norte-americano fez antevisão ao duelo decisivo contra oE IrãoAFP
Gregg Berhalter abordou a questão na antevisão ao jogo entre as duas seleções. Publicação em meios de comunicação social, nas quais se retratava uma versão modificada da bandeira iraniana, esteve na origem de toda a controvérsia.

O conteúdo em questão foi posteriormente apagado, depois de um protesto da Federação Iraniana de Futebol, que apresentou uma queixa à FIFA a exigir sanções contra a seleção dos Estados Unidos.

Em conferência de imprensa de antevisão ao duelo com o Irão, Berhalter explicou que jogadores e o estrutura técnica norte-americana se mantieram alheios às publicações, enquanto procurou acalmar a tensão em torno do jogo do Grupo B, no qual se jogará um lugar nos oitavos-de-final da prova.

"Por vezes, as coisas saem do controlo. Não estamos focados nas questões que vêm de fora e o que podemos fazer é pedir desculpa em nome dos jogadores e da estrutura técnica, mas não é algo em que estejamos incluídos", sublinhou o técnico.

"Não temos ideia do que foi publicado. O staff e os jogadores não fazem ideia. O nosso foco está neste jogo e não quero parecer distante ou despreocupado ao dizer isto. Claro que os nossos pensamentos estão com o povo iraniano, todo o país e todas as pessoas. Mas o foco está unicamente neste jogo", acrescentou.

Estados Unidos e Irão têm sido inimigos ideológicos há mais de 40 anos, tendo cortado relações diplomáticas na sequência da Revolução Islâmica de 1979. O jogo de terça-feira é apenas o terceiro entre os dois países e a expectativa é alta.

Uma vitória de qualquer uma das seleções permite que a mesma avance para as rondas a eliminar, enquanto uma derrota confirmará a eliminação da prova.

Berhalter salientou, ainda, que a história turbulenta externa ao jogo não trará qualquer condicionante à preparação da equipa.

"Eu sou treinador de futebol"

Ainda assim, o treinador e o capitão Tyler Adams foram questionados sobre situações extra futebol, com vários temas abordados, desde o racismo nos Estados Unidos às restrições de vistos para iranianos que pretendem visitar o país.

"Eu não sei o suficiente sobre política, sou treinador de futebol", respondeu Berhalter. 

"Quando penso sobre este jogo, sei que existem vários sentimentos e opiniões em relação a ele. Mas, para nós, é só um jogo de futebol contra uma boa equipa e não muito mais do que isso. É um jogo decisivo entre duas boas equipas que querem chegar à próxima fase", acrescentou.

Estados Unidos e Irão defrontaram-se no Mundial-1998, jogo que os iranianos venceram por 2-1 e no qual Berhalter, antigo internacional pelo país, esteve presente enquanto comentador televisivo.

"Esse jogo permanece na minha cabeça. O que vi desde o apito inicial foi uma equipa que queria muito vencer e outra que não o queria. O Irão quis ganhar o jogo com tudo, jogou de forma muito comprometida e focada", lembrou.

"Para que possamos vencer amanhã, essa terá de ser a abordagem da nossa equipa. Não queremos cometer erros como no passado", alertou.