Atrás dos portugueses Vasco Vilaça e Ricardo Batista, quinto e sexto, respetivamente, o brasileiro lamentou o seu resultado, ciente de que poderia ter tido um melhor desempenho.
"Foi uma porcaria. Ninguém lembra do quarto em diante. Um 10.° lugar não muda nada na minha vida. Mudaria alguma coisa se tivesse sido medalhista, a cultura do brasileiro é essa. Não vou ser eu que vai mudar, o brasileiro gosta de ver o atleta ganhando e eu que lide com isso", desafabou.
Miguel fez uma prova de recuperação para conquistar o primeiro top 10 da história do país na competição. A melhor classificação do país, até então, entre os homens, era o 14.º lugar, de Leandro Macedo, em Sydney-2000. Miguel fechou a prova com o tempo de 1:44:27, pouco mais de um minuto atrás do campeão, o britânico Alex Yee.
O brasileiro garante que pensou alto, mesmo sabendo da forte concorrência e que estaria a correr por fora. Para ele, estar no pódio era algo possível e foi até ao limite à procura de um resultado histórico.
“Sei que nunca consegui um pódio em Mundial, mas fiz uma preparação para tentar ganhar a prova. Eu poderia ter feito uma prova mais conservadora e talvez ficar numa posição melhor, mas fiz tudo o que eu pude para tentar ganhar medalha. Estou orgulhoso da minha performance, mas insatisfeito com o resultado. Sei que tenho muito para amadurecer como atleta. Para 2028 tenho certeza que vou fechar essa diferença", afirma.