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Paris-2024: Vasco Vilaça foi "ao limite dos limites" para tentar o bronze

O triatleta Vasco Vilaça no final da prova de triatlo a contar para os Jogos Olímpicos de Paris
O triatleta Vasco Vilaça no final da prova de triatlo a contar para os Jogos Olímpicos de ParisLUSA
Vasco Vilaça foi “ao limite” para chegar ao bronze no triatlo, mas acredita que em 2028 poderá melhorar o quinto lugar alcançado esta quarta-feira nos Jogos Olímpicos Paris-2024, onde partilhou um momento muito bonito com o amigo Ricardo Batista.

“Acreditei até o último momento. Não me estava a sentir a 100% no final da prova, mas, nos últimos cinco quilómetros, dei tudo o que tinha para tentar chegar à frente, aos dois franceses que estavam a lutar pelo terceiro lugar, e para o fazer tive que dar mais do que o que tinha. Cheguei à meta completamente exausto e a temperatura do corpo, por causa do calor que está, tinha subido aos 40 graus, e quando chega a esse ponto, não consegue descer”, começou por contar.

Antes de falar com os jornalistas, Vilaça passou pelo centro médico do recinto da Ponte Alexandre III, por ter precisado “de alguma ajuda para conseguir recuperar” do choque de calor.

Já refeito, e de sorriso nos lábios, considerou que o esforço que fez para tentar chegar à medalha de bronze valeu a pena.

“Felizmente, estou bem, estou saudável e uma coisa dessas (calor) em meia hora estou recuperado. Daqui a três, quatro dias, estou pronto para outra, estamos prontos para as estafetas”, garantiu.

Vasco Vilaça foi esta quarta-feira quinto na prova masculina de triatlo de Paris-2024, a 23 segundos do britânico Alex Yee, vencedor em 1:43.33 horas, com Ricardo Batista a chegar logo atrás, a dois segundos.

Os dois estreantes portugueses, que ficaram a 13 e 15 segundos, respetivamente, do medalha de bronze, o francês Léo Bergere, garantiram mais dois diplomas (posições até ao oitavo lugar) para Portugal.

“Sendo honesto, tal como disse, fui até ao limite dos limites para tentar apanhar os franceses no fim, ou seja, o meu grande objetivo era ir à medalha, gostava muito de trazer essa medalha para Portugal. É a minha primeira experiência olímpica, há muito aqui para aprender e acredito que se puder voltar aos Jogos Olímpicos daqui a quatro anos vou conseguir fazer ainda melhor. Esta experiência vai ajudar-me”, declarou.

Ainda assim, o triatleta de 24 anos assume que “um quinto lugar é um lugar espetacular”, até por ter igualado João Pereira (Rio-2016), “um dos melhores portugueses de sempre do triatlo”.

“Estou bastante contente com o que aconteceu hoje. Principalmente por, apesar de não me ter sentido a 100%, mesmo assim ter conseguido lutar por no fim chegar lá à frente o mais possível”, pontuou.

Os tempos finais da prova
Os tempos finais da provaFlashscore

O resultado foi ainda mais especial por ter sido partilhado com Ricardo Batista, não só um dos seus melhores amigos, mas também uma das pessoas em que mais confia.

“Muito bonito, muito bonito. Quando eu comecei na terceira volta da corrida a apanhar adversários, o último grupo que apanhei foi um brasileiro e o Ricardo. Claro que eu não queria que o brasileiro viesse connosco, e quando eu passei e vi que, passado um bocado, o brasileiro tinha ficado e era só eu e o Ricardo, é muito bonito, porque, ganhe ou perca o sprint, é um português que está no quinto lugar e é espetacular. Num quinto e num sexto, são dois diplomas olímpicos”, notou.

Depois de cair ao cortar a meta, Vilaça recebeu um abraço do amigo na ‘alcatifa’ azul da Ponte Alexandre III, ponto de início e final das provas de triatlo nestes Jogos.

“Quando acabei a prova, não estava muito bem consciente, por isso ainda não estava a sentir muito. Os sentimentos vieram um bocado depois. É difícil de explicar. Irmos juntos até a meta e conseguir esse diploma juntos, acho que foi espetacular. Vou precisar de um bocadinho de tempo para absorver e perceber o que é que se passou exatamente, mas é um momento muito bonito para Portugal e para o triatlo português”, defendeu.

Agora, Vilaça quer mais, pensando já num terceiro diploma nas estafetas mistas, agendadas para 05 de agosto.

“Estamos a fazer história e acho que três diplomas para os poucos atletas que temos em Portugal é algo muito bonito”, realçou, não descartando, contudo, voos mais alto: “Se vamos ao diploma é porque acreditamos na medalha. Ou seja, temos sempre que ir mais alto e depois vamos ver o que é que acontece. Por isso, sem dúvida, nós vamos dar tudo para estar lá na frente e esperemos que saia pelo menos um diploma. Uma medalha, seria um momento lindo, lindo, lindo”, finalizou.