Tsitsipas critica os Masters 1000: "Tornaram-se um incómodo"
Atualmente, cinco torneios Masters têm a duração de duas semanas, mas no início deste ano a ATP declarou que, a partir de 2025, sete dos nove eventos terão lugar durante 12 dias cada. Esta decisão, no entanto, não foi bem aceite pelos jogadores.
Tsitsipas reagiu com veemência, criticando o Masters 1000 sem qualquer contenção.
"Os Masters 1000 transformaram-se num incómodo. A qualidade baixou definitivamente. Os jogadores não têm o tempo de recuperação ou de treino de que necessitam, com jogos contínuos e sem espaço para um trabalho intenso fora do court", afirmou o grego no X.
"É irónico que o ATP Tour se tenha comprometido com este formato sem saber se poderia realmente melhorar o calendário, mas também a qualidade dos jogos. Paris fez tudo bem, numa semana. Emocionante e fácil de seguir. Tal como deve ser. Se o objetivo era aligeirar o calendário, alargar cada 1000 (Masters) para duas semanas é um passo atrás", defendeu.
Tsitsipas não é o primeiro jogador a criticar a ATP: o tetracampeão do Grand Slam Carlos Alcaraz afirmou que o calendário de ténis muito preenchido torna difícil manter a motivação ao longo do ano e aumenta o risco de lesões.
"É difícil. Por vezes, não me sinto motivado de todo", afirmou Alcaraz.
"O calendário é muito preenchido. Muitos torneios... Não há tantos dias de descanso como eu gostaria", acrescentou.
Alexander Zverev disse no início deste ano que o Masters de duas semanas é ótimo para os jogadores classificados entre 50 e 100 do mundo, porque têm a oportunidade de participar num sorteio principal, mas o calendário não é ideal para os jogadores do top 10.
"Sim, dizem-nos que temos um dia de folga entre os jogos. No final do dia, não se trata de descanso", disse Zverev antes do Masters de Roma.
"O descanso é quando passamos tempo em casa, quando dormimos na nossa própria cama, talvez com a família, talvez com os cães, talvez com os filhos.... É isso que é o descanso", defendeu.