Varane: "A máquina do futebol pode explodir, algo tem de ser mudado"
"Talvez não possamos mudar o mundo, mas temos de o fazer de forma diferente a partir de agora. Falei sobre isso mesmo quando estava a jogar, e não foi para destacar os meus problemas, mas os do futebol em geral", considerou Varane, em declarações ao L'Équipe.
Vítima de muitos problemas físicos, sobretudo nos joelhos, o defesa-central nascido em 1993 parte da sua decisão de abandonar o futebol de competição para lançar o alarme: "O futebol está a descarrilar e a máquina pode explodir. E estou a falar também da saúde mental dos futebolistas". Um alerta forte, sobretudo numa altura em que se registam tantas lesões graves nos joelhos, como as de Gleison Bremer e Duvan Zapata.
Depois de ter deixado claro que preferia dedicar-se mais a uma carreira de dirigente, ou de presidente, do que de treinador, Varane denunciou também a falta de qualidade do futebol moderno: "Há cada vez menos jogadores brilhantes, vemos cada vez menos criatividade e cada vez mais fisicalidade. O futebol devia ser um jogo de erros e, hoje em dia, há poucos, é tudo muito robótico".
Para concluir, uma referência ao seu antigo treinador no Real Madrid, Carlo Ancelotti: "É aquele que dá mais liberdade aos seus jogadores para se movimentarem e criarem futebol, não é como a nova geração".